Um estudo realizado por pesquisadores na Turquia sugere que o famoso "ponto G" das mulheres pode ser real, mas sua existência continua envolta em controvérsia. A pesquisa acompanhou dezenas de mulheres por seis meses após uma cirurgia destinada a tratar prolapso, uma condição que afeta a parede frontal da vagina. Embora os níveis de excitação das mulheres tenham permanecido os mesmos após a cirurgia, os resultados revelaram uma diminuição notável na frequência e na intensidade dos orgasmos, o que levanta questões sobre o ponto G. No entanto, a existência dessa zona erógena ainda é debatida entre os especialistas.
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A cirurgia em questão, conhecida como colporgrafia anterior, tem como objetivo reparar o prolapso da parede vaginal anterior, uma condição comum que ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos da pelve, frequentemente associado ao parto, menopausa ou excesso de peso. Os sintomas incluem desconforto, sensação de peso na região abdominal inferior, problemas urinários e desconforto durante o sexo.
Os pesquisadores acompanharam 89 pacientes que passaram pela cirurgia entre maio e dezembro de 2021. Os resultados, publicados no "European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology", mostraram que o desejo e a excitação sexual das pacientes não mudaram, mas a frequência e a intensidade dos orgasmos diminuíram, enquanto a dor aumentou.
Os cientistas acreditam que a cirurgia pode ter danificado o ponto G, uma zona erógena controversa localizada na parede anterior da vagina. Embora muitos concordem que a parede anterior da vagina desempenha um papel importante no orgasmo feminino, a existência do ponto G ainda é questionada devido à falta de evidências consistentes.
Portanto, os médicos estão considerando opções alternativas de tratamento para o prolapso vaginal anterior, como a terapia a laser, que pode preservar o prazer sexual. No entanto, os pesquisadores reconhecem que são necessários estudos de longo prazo para confirmar essas descobertas.
O "ponto G" foi nomeado em homenagem ao ginecologista alemão Ernst Gräfenberg, que descreveu a área produtora de orgasmos nos anos 1950. No entanto, a ciência por trás do ponto G continua sendo um tópico de debate, com estudos divergentes sobre sua existência. Alguns argumentam que ele não é um ponto único, mas sim uma combinação de tecidos erógenos. Outros sugerem que o ponto G pode ser uma parte interna profunda do clitóris estimulada durante o sexo.
Em última análise, esse estudo reacende o debate sobre o ponto G e destaca a necessidade de pesquisas adicionais para entender melhor a anatomia e as respostas sexuais das mulheres, segundo o DailyMail.