Em uma reviravolta impressionante, a cidade de Kiruna, localizada no norte da Suécia, está passando por uma mudança épica, edifício por edifício, devido aos danos causados pela mineração, que tornaram seus edifícios inseguros para os residentes.
Essa ação sem precedentes está sendo realizada em resposta à descoberta de minerais valiosos na área, incluindo elementos de terras raras essenciais para baterias de carros elétricos e turbinas eólicas, segundo informou o Mirror.
A cidade de Kiruna, com uma população de 18 mil habitantes e localizada a 200 quilômetros acima do Círculo Polar Ártico, é lar da maior mina de ferro do mundo. No entanto, a extração de minerais em larga escala causou deformações no solo, ameaçando ?engolir? a cidade. Rachaduras apareceram em edifícios, incluindo um hospital e uma escola, tornando-os inseguros para os moradores.
Em 2026, está previsto que Kiruna seja limitada para um novo local, 3,1 quilômetros a leste da cidade original. Isso inclui a mudança de edifícios icônicos, como uma igreja inaugurada em 1912, que desempenha um papel central na comunidade. Muitos moradores veem essa mudança como uma oportunidade de melhoria.
Mineração
No entanto, a expansão da mina e a mudança de Kiruna preocupam a comunidade Sami, o povo indígena da Lapônia, que há séculos pastoreia renas nas terras árticas. A fragmentação da terra torna a criação de renas ainda mais difícil, impactando seu modo de vida.
Apesar dos desafios, a mudança de Kiruna é vista como uma medida necessária para garantir a segurança dos residentes e aproveitar os recursos minerais da região. O projeto envolverá a realocação de quase 6 mil pessoas e aumentos de aluguel de até 25%. No entanto, persistem incertezas, uma vez que não há garantias de que a mineração futura não trará novas mudanças.
À medida que Kiruna enfrenta essa mudança monumental, a preservação da natureza circundante também se torna crucial, pois a diversidade biológica no Ártico desempenha um papel fundamental para as pessoas em todo o mundo.

