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A verdade por trás do vídeo que mostra uma cobra píton no Brasil

Vídeo mostrou animal e as redes sociais entraram em um debate!

Esta semana um vídeo do resgate e soltura de uma cobra foi compartilhado pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA).No entanto, o animal foi solto em uma área de mata no Distrito Federal graças a um equivoco.

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A cobra media mais de 2 metros de comprimento e foi identificada como uma jiboia, espécie nativa no Brasil. Como não apresentava ferimentos e tinha a saúde em boa condição, ela foi solta na natureza.

O vídeo logo se tornou viral nas redes sociais e especialistas apontaram que a espécie da cobra era outra. Tratava-se de uma píton, que provavelmente era criada em cativeiro e foi solta na natureza.

Em uma postagem no Twitter, o perfil “Legião Escamada”, moderado pelo estudante de ciências biológicas na Universidade Federal de Goiás (UFG) Matheus Reis, revelou que na verdade, a cobra é uma píton.

“A serpente em questão se trata de uma píton (Python bivittatus) serpente asiática com um potencial invasor enorme, totalmente prejudicial a nossa fauna”, afirmou.

A Polícia Militar informou que a cobra era “extremamente calma, sendo indício de que era criada em cativeiro” e assumiu o erro.

Confira o comunicado divulgado:

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“A Polícia Militar do Distrito Federal, por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental, realiza um trabalho de excelência o qual tem resultado em altos índices de produtividade. Apenas nesses três primeiros meses de 2022, 126 cobras foram resgatadas. Em 2021 foram 512 cobras.

Com o apoio do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) e contando, muitas vezes, com a boa vontade de clínicas privadas, o batalhão realiza o manejo desses animais na tentativa de salvar a todos de forma que voltem saudáveis ao seu habitat natural.

O Batalhão, juntamente com o Zoológico e demais órgãos ambientais, já está à procura da Píton. Informamos que a referida cobra era extremamente calma, sendo indício de que era criada em cativeiro. Ressaltamos que alguns estados já estão autorizando o comércio desse animal.”

Mas afinal, o que pode acontecer quando uma espécie invasora se reproduz?

A píton é uma das cinco maiores cobras do mundo e podem atingir até 8 metros de comprimento, o que as leva a ser um grande predador para outras espécies.

No sul da Flórida, nos Estados Unidos, as pítons se tornaram uma espécie invasora que prejudica o ecossistema, pois dizimam as espécies locais, desde 1992. Na época, as cobras que eram criadas em cativeiro terminaram soltas na natureza pela destruição do furacão Andrew.

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Sem nenhum predador, as cobras gigantes se reproduzem descontroladamente. As populações de guaxinins e gambás viraram presas e caíram cerca de 99%. Algumas espécies de coelhos e raposas desapareceram de vez.

Em busca de minimizar o desequilíbrio ambiental, a Flórida paga caçadores licenciados para capturar e sacrificar as pítons.

Reprodução / Instagram @pythoncowboy Verificado

Em 2020, o caçador Mike Kimmel, se tornou notícia após capturar uma píton de mais de 5 metros e seu ninho com 22 ovos em Everglades. As fotos se tornaram virais e impressionaram as redes sociais.

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