Cientistas descobriram que um medicamento usado atualmente para tratar o diabetes reduz o peso corporal de pessoas obesas em até 20%.
Segundo o IFLS, depois de receber uma dose semanal do tratamento por 68 semanas, os participantes do estudo perderam uma média de 15,3 kg – com 35% deles perdendo mais de um quinto do peso corporal.
O estudo, que aparece no New England Journal of Medicine, envolveu 1.961 pessoas de 16 países da Europa, Ásia, América do Norte e América do Sul com um peso corporal médio de 105 kg. Os participantes receberam 2,4 miligramas de um medicamento chamado semaglutida uma vez por semana, administrado por injeção subcutânea.
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A semaglutida está atualmente aprovada em dosagens mais baixas como tratamento para diabetes tipo II. Entretanto, nenhum dos participantes deste estudo era diabético.
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«As descobertas deste estudo representam um grande avanço para melhorar a saúde das pessoas com obesidade. Nenhuma outra droga chegou perto de produzir esse nível de perda de peso, isso é realmente uma virada de jogo. Pela primeira vez, as pessoas podem alcançar por meio de drogas o que só era possível por meio de cirurgia para perda de peso.» – Declarou Rachel Batterham, autora do estudo.
A semalgutida imita a ação de um hormônio que o intestino secreta na corrente sanguínea após uma refeição para estimular a sensação de saciedade, reduzindo a fome. Juntamente com a dose semanal da droga, os participantes do estudo receberam acompanhamento regular de nutricionistas para ajudá-los a reduzir a ingestão de calorias e aumentar a atividade física.
Além de experimentar uma redução média do índice de massa corporal de 5,54, os participantes também apresentaram reduções nos fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes, como circunferência da cintura, nível de açúcares e gorduras no sangue e pressão arterial.
Com base nessas descobertas, a semaglutida foi agora submetida à aprovação das autoridades regulatórias de medicamentos britânicas, europeias e norte-americanas para aprovação como tratamento para a obesidade.