O suborno é um mal endêmico na Argentina e não vem de agora, carregando séculos de tradição.
Um arquiteto, irritado com as extorsões que sofria por funcionários do governo, infiltrou um ‘monumento ao suborno’ em um dos prédios mais emblemáticos do país: o Ministério de Obras Públicas, em Buenos Aires.
A figura que supostamente recebe o suborno obviamente não constava na planta oficial do arranha-céu, que possui 93 metros de altura. Entretanto, é vista em sua fachada: com uma das mãos segura uma pasta e com a outra apanha o suborno num gesto inequívoco de ‘agora que ninguém olha para nós’.
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Segundo o Strambotic, o edifício construído entre 1933 e 1936 (época de ouro da capital argentina) foi projetado pelo arquiteto Alberto Belgrano. Entretanto, a figura misteriosa foi obra do escultor Troiano Troiani, que conseguiu driblar as autoridades.
A tradição de enviar mensagens ocultas na forma de esculturas para a posteridade existe pelo menos desde a construção das catedrais medievais.
Na frente de uma catedral na Alemanha, por exemplo, é possível ver uma figura obscena representando o arcebispo da cidade no século 13 praticando uma autofelação acrobática, que aparentemente teve a audácia de aumentar os impostos da cerveja para os vizinhos.
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