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Petições online quase triplicam durante pandemia

A pandemia pode ter desencorajado atos públicos de demanda popular como marchas e protestos, porém não tirou as motivações ou a vontade de mudar o mundo. Como alternativa às aglomerações nas ruas, muitos têm recorrido aos abaixo-assinados online como meio de participação cidadã e forma de encaminhar demandas ao poder público.

A quantidade de petições criadas na Change.org, maior plataforma de abaixo-assinados online do Brasil, mais que dobrou desde fevereiro. Dados do site mostram que, desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país, foram abertas 5.483 petições, número 159% maior que no mesmo período do ano passado.

O levantamento mostra, ainda, que a quantidade de petições sobre causas relacionadas somente a coronavírus chega a 3.481 e engajam 10,9 milhões de brasileiros.

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Para a diretora executiva da Change.org Brasil, Monica Souza, as petições online estão longe de serem um “ativismo de sofá”. Segundo ela, os abaixo-assinados oferecem “uma alternativa” importante neste momento de quarentena.

“Apesar de estarem em casa e longe fisicamente, os brasileiros não estão sozinhos nas batalhas que enfrentam. Podem se articular, erguer suas vozes, gerar mobilizações gigantes e pressionar autoridades. Tudo isso através de uma petição online”, diz.

Também por meio de abaixo-assinados na internet formaram-se grandes mobilizações em torno do movimento antirracista #BlackLivesMatter. Uma petição que pede justiça por George Floyd, criada por uma adolescente de 15 anos no Estados Unidos, ultrapassou a marca de 18 milhões de apoiadores, tornando-se a maior da história da Change.org em todo o mundo.

Como “reflexo”, os casos João Pedro e Miguel, ocorridos no Brasil, também levantaram pedidos de justiça em abaixo-assinados. Em poucos dias, as mobilizações pelas vítimas juntaram 3 milhões e 2,6 milhões de assinaturas, respectivamente.

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