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Reabrir creches e pré-escolas pode custar até R$ 21 bilhões ao ano, mostra estudo

O levantamento encomendado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal traz uma estimativa dos gastos públicos para a retomada das escolas, considerando os protocolos sanitários necessários

Para reabrir creches e pré-escolas da rede pública de todo o país, garantindo que todos os protocolos sanitários sejam seguidos, estima-se que serão necessários entre R$ 5,5 bilhões e R$ 6,6 bilhões para um período de 60 dias. Considerando o custo anual, o valor varia de R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões, segundo um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que atua pela causa da primeira infância.

O estudo que também teve apoio da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), fez uma simulação com cinco cenários de funcionamento, que seguem as orientações do protocolo de retomada das aulas elaborado pela própria Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Esse protocolo prevê medidas de distanciamento, higiene pessoal, limpeza e higienização dos ambientes, comunicação, monitoramento das condições de saúde e recursos humanos..

“Precisamos de uma mobilização dos diferentes segmentos da sociedade para apoiar o município a viabilizar o retorno seguro”, afirma Mariana Luz, CEO da fundação.

Hoje, há mais de 6 milhões de crianças de 0 a 6 anos matriculadas nas 80.356 escolas de educação infantil no país, entre creches e pré-escolas, nas quais atuam mais de 1 milhão de professores nesse segmento.

“Esses são dados fundamentais para que os municípios possam se planejar para garantir que todas as unidades de educação infantil estejam devidamente preparadas para a retomada segura das aulas”, diz Eduardo Marino, diretor de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Leia também: A importância dos primeiros mil dias de vida da criança

A entidade chama a atenção para a necessidade de discutir adequadamente quando voltar às atividades e como viabilizar esse investimento. “Não estamos falando de um investimento trivial, nem do ponto de vista do valor, nem do ponto de vista da execução. É preciso que os municípios se preparem”, declara Marino. Ele explica que os aspectos previstos para a estruturação dos custos “obedecem o padrão ideal, que inclui testagem, contratações e insumos de segurança, mas algumas adaptações podem ser feitas, sempre com orientação das autoridades sanitárias do município.”

Segundo o estudo, os valores indicados contemplam apenas os insumos extras necessários para prover os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), sinalização, material de limpeza e a contratação temporária de 20% do quadro de professores e/ou funcionários da unidade. Esses são considerados os custos extras ao funcionamento regular da escola. Gastos com alimentação, segurança e folha de pagamento dos professores regulares não estão contemplados nesse cálculo.

Saiba mais sobre o estudo aqui: «Custo da reabertura de creches e pré-escolas públicas no contexto da pandemia de Covid-19″

Leia também: Educação infantil: orientações para a volta às aulas

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