Com os pequenos em casa, sem ter contato com outros adultos e crianças, pode ser que os pais tenham achado que não teriam que lidar com doenças na quarentena. É possível que eles achem estranho caso seus filhos fiquem doentes. Afinal, da onde poderia vir uma gripe ou então uma infestação de piolhos, por exemplo, já que as crianças estão isoladas?
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Segundo reportagem do jornal The New York Times, relatos de pais mostram que as crianças continuam ficando doentes na quarentena. Em entrevista ao jornal, a médica Yvonne Maldonado, especialista em doenças infecciosas pediátricas na Universidade de Stanford, explica que isso pode ocorrer porque muitas infecções são causadas por microorganismo que vivem naturalmente no corpo humano e que, às vezes, vão parar no lugar errado. «Por alguma razão, esses organismos podem alcançar o fundo da garganta, podem chegar à corrente sanguínea, podem entrar em aberturas da pele e você pode se infectar, mesmo quando você não está em contato com outras pessoas», disse ela.
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Outro motivo que a reportagem cita para que as crianças tenham doenças na quarentena é o tempo de incubação de algumas infecções e infestações: por exemplo, pode demorar até oito semanas depois que a criança foi exposta à sarna para que os sintomas da doença apareçam. Uma infestação de piolhos também pode demorar até mais de um mês para começar a aparecer.
O fato de que os adultos que moram na casa continuam saindo, para ir ao mercado, à farmácia ou até para trabalhar, também pode explicar casos em que os pequenos ficam doentes. A reportagem do The New York Times ainda fala que os adultos podem transmitir infecções que já tiveram: o vírus que causa roséola, por exemplo, pode ficar dormente e ser reativado periodicamente, especialmente quando a pessoa está sob estresse. Quando isso ocorre, os adultos podem infectar as crianças.
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No entanto, mesmo que continue havendo casos de doenças na quarentena, as crianças de modo geral estão ficando menos doentes. «O distanciamento social e quarentena funcionam de maneira ampla e eficaz para prevenir muitas coisas que, de outra forma, aconteceriam quando as crianças se reúnem», explica o pediatra Brad Sobolewski ao jornal.
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