A médica neurologista Claudia Soares Alves, foi presa nesta quarta-feira (5) em Itumbiara (GO), acusada de mandar matar a farmacêutica Renata Bocatto Derani, assassinada em 2020 em Uberlândia (MG).
De acordo com portal de notícias G1, a polícia confirmou que o crime teria sido motivado pela obsessão da médica em ser mãe de uma menina, um desejo que já havia levado Claudia a sequestrar um bebê de uma maternidade anos antes.
O caso ganhou repercussão nacional após a profissional se passar por funcionária do hospital, retirar a bebê dos pais e fugir com ela escondida em uma mochila. A criança foi localizada horas depois, em Itumbiara (GO), e devolvida à família.
Durante as investigações, a polícia encontrou na casa da suspeita um quarto decorado de rosa, com berço e roupas infantis, reforçando o comportamento obsessivo. O delegado Eduardo Leal afirmou que Claudia tentou engravidar sem sucesso, recorreu a adoções fraudulentas e até tentou comprar uma recém-nascida na Bahia.
Renata, de 38 anos, foi morta com vários tiros quando chegava ao trabalho em uma farmácia. O atirador fugiu de moto após o crime. Testemunhas relataram que a vítima pediu para não ser morta antes de ser atingida novamente.
Claudia teria se casado com o ex-marido da vítima, mas o relacionamento terminou após dois meses, quando ele notou atitudes perturbadoras. A médica teria planejado o homicídio para tentar assumir a guarda da filha de Renata.
Além dela, pai e filho, que eram vizinhos da médica, também foram presos por envolvimento no assassinato. O trio foi transferido para Uberlândia e ficará à disposição da Justiça. A Polícia Civil avalia converter as prisões temporárias em preventivas enquanto as investigações continuam.

