As duas presas que fugiram da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, na madrugada do último domingo (17), geraram um alerta nos Sindicato dos Policiais Penais (Sindsppen-MT).
De acordo com o portal de notícias RD News, o sindicato avisa a possibilidade de um colapso do sistema prisional de Mato Grosso. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), as fugitivas são de alta periculosidade.
As foragidas são Angelica Saraiva de Sá, de 34 anos, conhecida como “Angeliquinha”, e Jessica Leal da Silva, de 36 anos, a “Arlequina”, apontadas como líderes do Comando Vermelho, da Penitenciária Feminina Ana Matia do Couto May.
De acordo com o sindicato, a unidade conta com 360 custodiadas e mais 110 detentos – incluindo 52 presos da Penitenciária Central do Estado (PCE). Toda essa população carcerária é vigiada por apenas 9 policiais penais por plantão.
Foi denunciado que os policiais penais enfrentam riscos extremos com a falta de equipamentos adequados, com sistemas de monitoramento obsoletos e efetivo insuficiente, trabalham no limite de suas capacidades.
O Sindsppen cobra ações imediatas do poder público para a convocação urgente dos aprovados no último concurso público, medida apontada como essencial para reduzir o déficit de pessoal.
O sindicato diz ainda que não aceitará que policiais penais sejam responsabilizados por falhas que não lhes cabem.
A Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso (SEJUS) afirmou que as falhas detectadas estão relacionadas à quebra de protocolos operacionais e emitiu uma nota:
Confira, abaixo, a nota completa:
“A Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso (SEJUS) esclarece que as falhas detectadas estão relacionadas à quebra de protocolos operacionais. Os fatos ocorridos estão sendo investigados pela Corregedoria-Geral da Sejus e pela Polícia Civil, com total transparência e seriedade, para assegurar a responsabilização administrativa e criminal de todos os envolvidos.
É importante destacar que os fatos ocorridos não têm justificativa e a Sejus reforça que não tolerará falhas nos processos de segurança e seguirá adotando medidas firmes para garantir a ordem, a disciplina e a integridade no Sistema Penitenciário."
