Um crime comoveu a região oeste de Belo Horizonte, na qual o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi assassinado por disparo de arma de fogo no abdômen, enquanto recolhia o lixo da Rua Modestina de Souza, com seus colegas de trabalho.
De acordo com o portal de notícias Estados de Minas, o principal acusado é o empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, quem usou a arma da esposa, delegada da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), para cometer o assassinato.
Tudo aconteceu depois que a motorista do caminhão de coleta de lixo, uma mulher de 42 anos, parou e encostou o veículo para que um carro, modelo BYD, pudesse passar.
Nesse momento, Renê teria abaixado a janela e gritado para a motorista que se alguém encostasse em seu veículo ele iria matar a pessoa. Depois das ameaças, os garis, incluindo Laudemir, pediram que o suspeito tivesse calma e o orientaram a seguir o caminho. Mesmo assim, o homem, conforme as testemunhas, desceu do carro alterado e atirou contra o grupo, atingindo Laudemir.
Populares socorreram o trabalhador e ele foi levado ao hospital, mas acabou falecendo. O empresário foi preso pela PMMG no estacionamento de uma academia, horas depois do crime, graças as informações de uma testemunha, que lembrou de parte da placa no carro e modelo.
Informações do boletim de ocorrência apontam que, ao ser abordado entrando no estacionamento da academia, o suspeito disse à polícia que “não participou do episódio, que sua esposa é delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, e que o veículo abordado estaria em nome da servidora.” Ainda segundo o registro policial, ele teria dito ainda que “a policial teria uma arma de fogo do mesmo calibre da que foi utilizada no homicídio”.
O gari Tiago Rodrigues, colega de trabalho que testemunhou o assassinato, relatou que o acusado agia de forma indiferente no momento do ataque.
“Ele estava frio, sem sentimento. Não tem essa de ‘fora de si’. Assim que atirou, ele entrou no carro como se nada tivesse acontecido e foi embora”, disse em entrevista.
Mesmo após o caminhão dar a preferência para que ele passasse, ele passou pelos garis atirando.
“Eu achei que ele não ia atirar, mas na hora que ele apontou a arma não deu cinco segundos”, relembrou.

