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Ladrão de bancos: saiba quem era o líder do PCC que morreu em confronto com a PM no interior de SP

André Ferreira Borges, 45, conhecido como “Pane”, é apontado como membro da ‘tropa de elite’ da facção

Polícia diz que ele estava planejando mais um novo crime nos próximos dias.
André Ferreira Borges, de 45 anos, mais conhecido como “Pane”, um dos líderes do PCC, morreu em confronto com a PM em Campinas, no interior de SP (Reprodução/Polícia Civil)

André Ferreira Borges, de 45 anos, mais conhecido como “Pane”, morreu em confronto com a Polícia Militar em Campinas, no interior de São Paulo, na noite de terça-feira (11). O homem, apontado como membro de uma “tropa de elite” do Primeiro Comando da Capital (PCC), era especialista em assaltos a banco e um dos mais procurados pelo crime no país.

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A polícia descobriu que o suspeito estaria fazendo o transporte dos armamentos e munições até Americana, também no interior paulista, para um roubo a uma agência bancária previsto para os próximos dias.

Esse passou a ser monitorado e, enquanto estava em uma alça de acesso da Avenida Comendador Aladino Selmi à Rodovia D. Pedro I (SP-065), houve uma tentativa de abordagem. Porém, segundo a Polícia Militar, o suspeito reagiu e atirou contra os agentes do Batalhão de Choque, que reagiram.

Uma perseguição foi iniciada e, enquanto os veículos já estavam na rodovia, o suspeito acabou sendo baleado e morreu.

Durante uma revista ao carro de “Pane”, os policiais encontraram munição de arma calibre .50, que tem capacidade até para abater helicópteros, e uma submetralhadora.

O homem também portava mais de R$ 500 mil em dinheiro vivo, sendo que a maior parte das cédulas eram dólares. As investigações apontam que ele morava nos Estados Unidos, onde costumava fazer investimentos em criptomoedas.

A ocorrência foi registrada como morte em decorrência de intervenção policial no 1º Distrito Policial de Campinas. A defesa de “Pane” não foi encontrada para comentar o assunto.

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Assaltos a bancos

O calibre .50 foi o mesmo usado durante um mega-assalto a banco em Araçatuba, também no interior de São Paulo, em 2021. “Pane” foi identificado como sendo um dos autores e, desde então, era procurado.

Além desse mega-assalto, “Pane” também era apontado como autor de crimes semelhantes cometidos na cidade de Passos (MG), em 2018, quando uma agência do Banco do Brasil e outra da Caixa Econômica Federal foram atacadas ao mesmo tempo, além de um roubo ocorrido em Uberaba (MG), em 2019, quando foram levados R$ 40 milhões.

Na época do assalto em Uberaba ele chegou a ser preso, mas atualmente estava fora da cadeia.

Segundo a polícia, “Pane” também era integrante de uma “tropa de elite” do PCC, sendo recrutado para crimes especiais. Entre essas ações está uma tentativa de resgate da cadeia de Marcola, o líder máximo da facção.

“Apesar dos crimes graves nos quais já se envolveu, foi posto em liberdade e teria se mudado para Orlando antes de estar no Brasil para esse planejamento de uma nova ação criminosa. A ação da Polícia Militar impede futuros crimes e desarticula um núcleo estratégico do PCC”, disse o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, em postagem nas redes sociais.

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