A Polícia Civil concluiu a investigação sobre a morte da empresária Brenda Bulhões, de 26 anos, que foi assassinada a tiros em plena luz do dia no Guarujá, no litoral de São Paulo, em novembro do ano passado. O ex-namorado da vítima, Bruno dos Santos Campos, de 35, foi preso pelo crime e agora foi indiciado pelo assassinato.
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Brenda foi morta na manhã do último dia 29 de novembro, na Rua Pará, no bairro Paecará, bem em frente ao salão de beleza do qual ela era dona. Bruno fugiu após o crime, mas foi localizado no dia 15 de janeiro deste ano na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai.
O homem, que era apontado como o principal suspeito desde o início, teve a prisão temporária decretada. No mês passado, a detenção foi prorrogada por mais 30 dias, sendo que ele ainda segue detido na cadeia anexa ao 1º Distrito Policial do Guarujá.
Agora, com o indiciamento pela Polícia Civil, o caso foi remetido ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que vai analisar se denuncia ou não o ex-namorado pela morte de Brenda.
A defesa de Bruno não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
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Relembre o caso
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a empresária foi morta, no dia 29 de novembro de 2024, em plena luz do dia (veja abaixo - ATENÇÃO: Imagens fortes):
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As imagens mostram quando ela chegou e estacionou a motocicleta em que seguia, sendo que logo depois o homem apareceu e baleou. Mesmo com a vítima no chão, ele continuou a atirar. A ação durou menos de 1 minuto e foram efetuados ao menos seis tiros.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e fez manobras de reanimação na vítima, mas ela não resistiu. A morte foi constatada ainda no local.
Conforme os familiares, Brenda estava sendo ameaçada pelo ex-companheiro, que não aceitava o rompimento. Apesar de não ter denunciado o caso à polícia, a jovem estava preocupada com a situação e chegou pedir para que a genitora cuidasse da neta caso ocorresse algo com ela.
“Ela falou: ‘Mãe, eu acho que eu não vou viver muito’. Eu respondi: ‘Filha, por que está falando isso? Pelo amor de Deus, não fala isso’”, relatou a cabeleireira.
A conversa em questão ocorreu cerca de 15 dias antes de Brenda ser morta, quando ela falou para a mãe que pretendia escrever uma carta, para ser registrada em cartório, deixando claro o desejo dela de que a filha ficasse sob os cuidados da avó materna se ela morresse.
“Nesse dia a gente até brigou, porque eu disse que ela estava falando besteira e pedi para parar com isso”, lamentou a mãe da vítima.
Relacionamento conturbado
Elisângela relatou, ainda, que a filha viveu um relacionamento conturbado por 10 meses com o homem apontado como o principal suspeito do crime, e que eles estavam separados desde setembro de 2024, depois de uma agressão. Apesar do rompimento, ele não aceitava e passou a fazer ameaças.
A genitora da vítima lamentou que chegou a abrigar o homem na casa dela, depois que ele sofreu um acidente de moto. “Não apareceu ninguém da família, então ajudamos. Eu fui para o hospital, dei remédio, dei comida, dei casa e ele ficou morando”, disse a cabeleireira.
