Jânio José Gonçalves, de 39 anos, que foi preso suspeito de matar a própria mãe, Maria José dos Santos, de 72, com golpes de uma machadinha, em Baldim, em Minas Gerais, confessou à polícia que cometeu o crime após uma discussão. O homem alegou que estava revoltado com a genitora, pois seu sobrenome era diferente aos dos demais irmãos. Ele não especificou, no entanto, o que o levou a retirar os órgãos e vísceras da vítima e entregar a um amigo dizendo que se tratava de “barrigada de porco” para um churrasco.
O caso ocorreu no último sábado (1º). De acordo com a Polícia Militar, ao descobrirem os requintes de crueldade na morte a idosa, os vizinhos ficaram indignados e tentaram linchar o suspeito, mas ele acabou sendo localizado e preso.
Jânio morava com a mãe na mesma casa, localizada na Rua Francisco Lourenço Franco. Segundo relataram os familiares, o homem já tinha agredido a idosa várias vezes e sempre alegava que o motivo era o fato de que ele tinha o sobrenome diferente dos demais irmãos. Ela já tinha, inclusive, obtido uma medida protetiva contra ele.
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Na data do crime, uma vizinha passou nas proximidades da residência de Maria José e notou algo que parecia ser um boneco caído no quintal. Chamou atenção também o fato de Jânio estar ensanguentado, mas, ainda assim, a mulher não acionou a polícia.
A vizinha, no entanto, ficou desconfiada e avisou sobre a cena para uma sobrinha da idosa. A jovem, por sua vez, tentou falar com a tia, sem sucesso.
A sobrinha decidiu ir até a casa de Maria José, quando flagrou o momento em que o filho arrastava o corpo da mãe e passou a atirar pedras para afastá-la. A jovem correu para chamar o socorro, enquanto outros vizinhos já foram ao local e espancaram Jânio.
Prisão do filho
Quando a PM chegou, confirmou que a idosa estava sem vida e os agentes prenderam o filho em flagrante. Ele estava bastante ferido por ter sido quase linchado e foi socorrido ao Hospital de Baldim. Depois de receber atendimento, ele foi levado para a delegacia de Sete Lagoas, onde permaneceu preso.
Um amigo disse que Jânio tinha ido até sua casa e entregado uma sacola, dizendo que ali havia uma “barrigada de porco” que seria usada em um churrasco. Ele pediu que guardasse o material, o que foi acatado, já que o colega não sabia que se tratavam dos restos mortais de Maria José.
A defesa do suspeito não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

