O namorado acusado de matar a personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, de 30 anos, e jogar o corpo na calçada dos pais dela, em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vai enfrentar um júri popular nesta quinta-feira (6). Alexsandro Alves Gunsch, de 48, que segue preso preventivamente, é acusado de homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
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O crime ocorreu no dia 26 de janeiro do ano passado. De acordo com a Brigada Militar (BM), um homem foi flagrado por câmeras de segurança retirando o corpo de Débora de um carro e colocando na calçada. A investigação descobriu que se tratava de Alexsandro, com quem a vítima mantinha um relacionamento.
Na época, ao ser detido, o homem confessou a autoria da morte. Porém, a defesa dele alega que “houve uma briga entre o casal que ocasionou na agressão que, por fato fortuito, ocasionou o óbito”.
Apesar dessa alegação, o Ministério Público argumenta que a vítima pretendia encerrar o namoro com Alexsandro, que não aceitava. Além disso, a promotoria cita a crueldade do homem de ter deixado o corpo da vítima na calçada dos pais dela, fato que “causou um abalo moral, psicológico e emocional”.
O julgamento do réu será realizado na 1ª Vara Criminal da Comarca de Montenegro, a partir das 8h, e será presidido pela juíza Débora de Souza Vissoni. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), estão previstas as oitivas de sete testemunhas, sendo três de acusação e quatro de defesa.
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Morta por esganadura
Conforme o processo, Alexsandro matou a personal trainer por volta das 3h do dia 26 de janeiro de 2024 por esganadura. Depois disso, a enrolou em um cobertor, colocou no carro e dirigiu até a casa dos pais da vítima, onde a abandonou na calçada.
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A Certidão de Óbito atestou que a causa da morte de Débora foi asfixia mecânica.
“Ele disse que eles estavam em um processo de separação e que, na data do fato, eles acabaram discutindo por ciúmes e, a partir daí, segundo ele declarou, a vítima acabou agredindo ele e ele, na sequência, agarrou a vítima pelo pescoço, acabou jogando ela contra o armário e isso, segundo ele, veio ocasionar a morte da vítima”, explicou o delegado Marcelo Farias Pereira, que investigou o caso.