A empresária e influenciadora digital Milena Augusta da Silva, de 35 anos, que mora na Itália, viveu uma situação inusitada ao passar férias em São Vicente, no litoral de São Paulo. A mulher estava em um momento íntimo, nua, quando percebeu que um drone a filmava pela janela do apartamento, que fica no segundo andar. Assustada, ela pegou o celular e gravou o equipamento (assista abaixo).
“Me sinto totalmente invadida, não esperava passar por isso, venho ao Brasil pra curtir minha família, passar as festas com eles. Fico longe o ano todo e, quando venho, me acontece isso. Estou me sentindo totalmente desrespeita e invadida, nunca ouvi falar de um caso como esse na Itália”, disse Milena, em entrevista ao G1.
A empresária é casada com um italiano e mora no exterior há 11 anos. Como de costume, viaja ao Brasil para passar as férias de fim de ano e o carnaval. Nesse período, fica no apartamento localizado no bairro Boa Vista.
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No último dia 12, ela estava em um momento íntimo, sem roupas, se refrescando perto da janela, quando percebeu a aproximação do drone. O equipamento permaneceu em frente a janela por alguns minutos, quando ela decidiu pegar o celular e gravar a cena.
A mulher disse que aquela não foi a primeira vez que notou o equipamento voando perto do apartamento dela. Assustada e com medo de que as imagens gravadas sejam divulgadas, Milena registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que apura a denúncia feita pela empresária, mas não repassou outros detalhes.
Já a Prefeitura de São Vicente lamentou o caso, mas disse que a regulamentação do uso de drones é de competência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Porém, a administração municipal prometeu estudar possíveis medidas para evitar situações semelhantes.
“Desde já, a Prefeitura lamenta e repudia o ocorrido, reforçando a importância da denúncia e do registro de boletim de ocorrência junto às autoridades policiais”, disse a nota.
O que diz a Anac?
Conforme a Anac destaca em seu site, são considerados drones aeromodelos, usados para recreação, ou aeronaves remotamente pilotadas (RPA), usadas para fins experimentais, comerciais ou institucionais.
“Os dois tipos (aeromodelos e RPA) só podem ser operados em áreas com no mínimo 30 metros horizontais de distância das pessoas não anuentes ou não envolvidas com a operação e cada piloto remoto só poderá operar um equipamento por vez”, ressalta a agência.
Os voos estão limitados a uma altura de 400 pés, pois, acima desse nível de voo, operam aeronaves tripuladas. Além disso, um drone operado acima dessa altura põe em risco o espaço aéreo utilizado por aeronaves tripuladas.

