Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, mais conhecida como “Mainha do crime”, apontada como líder de uma quadrilha que agia na Zona Sul de São Paulo, também é suspeita por ligação com a morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, de 32, ocorrida durante um assalto em janeiro passado. Conforme a Polícia Civil, a mulher alugava armas para os criminosos e montou um esquema para receptação e venda dos produtos roubados.
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Segundo a investigação, Suedna mantinha uma espécie de “bunker” na casa e que morava, em Paraisópolis, onde armazenava armas que eram alugadas para os integrantes da quadrilha. Depois dos crimes, conforme a polícia, ela recebia os itens roubados e os revendia.
A mulher chegou a ser presa por receptação e porte ilegal de arma em março de 2022, após uma investigação ser instaurada. A mulher foi denunciada pelo Ministério Público e, em junho de 2022, ela foi condenada a 10 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado.
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Apesar disso, ela estava em liberdade e voltou a ser presa na manhã desta terça-feira (18). Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), ela passou a ser novamente investigada após a morte do delegado Josenildo, sendo que uma das três armas apreendidas na casa de Suedna pode estar envolvida no crime.
Os policiais passaram a monitorar a movimentação de motocicletas que entravam e saíam da casa da suspeita e, no local, os agentes também apreenderam vários capacetes, além de documentos e equipamentos eletrônicos.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse em entrevista ao “Bom Dia SP”, da TV Globo, que a mulher, natural da Paraíba, agia “financiando” a quadrilha, ficando com parte dos objetos roubados pelos assaltantes e depois os revendendo.
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A defesa de Suedna não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Morte de ciclista
Além da suspeita de ligação com a morte do delegado, Suedna também é investigada pela morte do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, ocorrida no Parque do Povo, no último dia 13, durante um assalto.
Vitor estava na Rua Brigadeiro Haroldo e tinha parado para checar o celular, quando os assaltantes se aproximaram e atiraram, mesmo sem a vítima reagir (veja no vídeo abaixo).
Depois do crime, um dos bandidos recolheu o celular do ciclista e a dupla fugiu. Os suspeitos ainda não foram identificados, mas a polícia segue em diligências para localizá-los.
A vítima foi socorrida ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu ao ferimento e morreu. O caso foi registrado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte.