Cigarro eletrônico, Vape e até mesmo “pendrive”, conhecido por ser uma alternativa aos cigarros tradicionais, a febre da vez entre os jovens pode ter consequências a curto prazo para a saúde dos usuários. Um estudo recente realizado por universidades brasileiras e estrangeiras apontou uma série de alterações físicas e químicas em jovens que utilizam o vape a pelo menos 6 meses, chamando atenção para as consequências a longo prazo.
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Inicialmente pensado como uma forma de auxiliar pessoas com a intenção de parar de fumar, o dispositivo eletrônico rapidamente se tornou uma febre entre jovens e adolescentes que apenas substituíram o cigarro tradicional pela versão eletrônica. No entanto, estudos realizados apontaram a ineficácia do dispositivo ao comprovar que os níveis de dependência de nicotina aumentaram e os danos causados ao organismo permaneceram.
Recentemente, a lista de efeitos negativos envolvendo o uso do vape aumentou. Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (ICT-Unesp), com colaboração de cientistas da USP e da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), revelou alterações clínicas em usuários que relatam utilizar o dispositivo a pelo menos seis meses.
Conforme a divulgação do estudo, foram avaliados 50 jovens com idades entre 26 e 27 anos, sem alterações visíveis na mucosa oral. Metade dos participantes usa regularmente, e pelo menos há 6 meses, cigarros eletrônicos. Os demais não utilizavam o dispositivo. Os resultados obtidos, revelam novas preocupações.
Alteração nos níveis de oxigenação
Os participantes do estudo foram submetidos a exames clínicos e análises de sialiometria (avaliação da saliva). Entre os pontos analisados pelos pesquisadores estavam a concentração de nicotina na saliva, sua viscosidade e pH. Já nos estudos clínicos, foram feitas medições de frequência cardíaca, oximetria, glicemia e concentração de monóxido de carbono no ar exalado.
Entre os resultados da análise de saliva, os pesquisadores ressaltaram uma alta concentração de cotinina (metabólico proveniente da nicotina), a diminuição do fluxo salivar e baixa viscosidade da saliva. Juntos, estes fatores podem revelar uma propensão maior a casos de doenças bucais como cáries, lesões da mucosa e doença periodontal.
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No exame físico os resultados também foram alarmantes. Usuários de vape apresentaram um nível maior de monóxido de carbono exalado e menor saturação de oxigênio. Além disso, a taxa de consumo de álcool foi elevada entre os usuários do cigarro eletrônico. O estudo completo pode ser obtido por meio deste link.
Vale lembrar que, no Brasil, a Anvisa proibiu a venda de cigarros eletrônicos no ano de 2009, no entanto, ainda é possível ver uma grande quantidade de usuários do dispositivo, principalmente entre os jovens.