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PM que fazia a escolta de Nunes é demitido por suposto elo com o PCC, mas segue na ativa

Apesar de não continuar na equipe de segurança do prefeito de São Paulo, o capitão da PM Raphael Alves Mendonça segue na corporação.

Raphael Alves Mendonça
Raphael Alves Mendonça Raphael Alves Mendonça (Reprodução)

Após ser retirado de seu cargo na equipe de segurança pessoal do Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, o capitão da PM Raphael Alves Mendonça já está alocado em outra unidade da corporação. Conforme informação confirmada pela Secretaria de Segurança Pública, o PM foi transferido para o 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na zona leste. Ricardo é investigado sob suspeita de vazar informações para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Em publicação realizada pelo Metrópoles, foi divulgada a confirmação de que Raphael passou a realizar atividades administrativas no batalhão citado. Ele foi alocado na unidade desde o dia 20 de janeiro, duas semanas antes da publicação do Diário Oficial que oficializou sua destituição do cargo na Assessoria da Polícia Militar do gabinete do prefeito.

“Amigo pessoal” e coincidências

Segundo a publicação, as investigações revelam uma possível amizade entre o PM e líderes do PCC. Por conta disso, ele seria responsável por um esquema de vazamento de informações que beneficiaria as lideranças da facção.

Um dos pontos citados, e que colabora para o caso, é o fato de que o PCC teria se infiltrado na Rota entre os anos de 2016 e 2022, período no qual o PM atuou na corporação. Ele chegou a desempenhar as funções de chefe da Agência de Inteligência e da Seção de Polícia Judiciária Militar e Disciplina (SPJMD).

O inquérito ainda revela que o capitão tinha “contato rotineiro” com militares envolvidos no esquema, chegando a recebê-los em sua própria casa. Em troca dos vazamentos de informações sigilosas, os policiais da Rota recebiam uma “mensalidade de R$600 mil.

Segundo posicionamento da SSP-SP, o envolvimento de militares com o crime organizado segue sob rigorosa investigação da Corregedoria da Polícia Militar, e resultou em 17 detenções de policiais nos últimos meses.

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