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Balas que mataram Gritzbach eram da PM, revela laudo balístico

Vinicius Gritzbach foi morto a tiros em novembro de 2024 na saída do Aeroporto de Guarulhos; força-tarefa investiga o caso

Ele era delator do PCC e também da ação de policiais corruptos
Empresário Vinicius Gritzbach levava na bagagem joias e objetos de valor que somavam mais de R$ 1 milhão quando foi morto em ataque (Reprodução/X/TV Globo)

A situação dos PMs presos pela Corregedoria suspeitos de serem os executores do delator do PCC e da polícia Vinicius Gritzbach se complicou. Um laudo balístico da Polícia Científica aponta que parte da munição usada na execução do delator, morto a tiros em novembro de 2024 na saída do Aeroporto de Guarulhos (SP), pertencia à Polícia Militar de São Paulo.

Nesta terça-feira (28), mais três policiais voltaram a depor no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles estão presos no Presídio Militar Romão Gomes por suspeita de envolvimento no caso.

Os três confirmaram que faziam a escolta de Gritzbach, mas disseram que não sabiam da ligação dele com o PCC e negaram participação no crime.

A execução

Um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 8 de novembro do ano passado, teve como alvo o empresário Antônio Vinicius Gritzbach, que acabou executado após ser atingido por 10 disparos de fuzil e metralhadora. A ação criminosa, com pelo menos 29 disparos, feriu outras duas pessoas e causou a morte de um motorista de transporte por aplicativo que estava no local.


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O empresário tinha R$ 1 milhão na bagagem em joias no momento que foi baleado. Entre os itens estavam pedras preciosas, colares, correntes, anéis, brincos, pulseiras e um relógio Rolex.

Gritzbach é acusado de mandar matar Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, seu braço direito. Os dois foram executados a tiros de fuzil no bairro do Tatuapé, em dezembro de 2021.

Ele, que fez delação premiada com o Ministério Público, entregou esquemas do PCC e também denunciou extorsão envolvendo policiais de São Paulo.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a execução de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo. A Secretara de Segurança Pública também instalou uma força-tarefa, coordenada pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves.

Segundo Nico, a força-tarefa desconfia que os PMs mataram Gritzbach sob as ordens do PCC. “Sabemos quem mandou matar, falta fechar as provas e prendê-los”, disse Nico há algumas semanas.

       

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