No dia em que “Ainda Estou Aqui” fez história e foi indicado a três categorias no Oscar, inclusive Melhor Filme, nesta quinta (23), a certidão de óbito do ex-deputado federal Rubens Paiva foi corrigida pelo cartório da Sé, em São Paulo. Agora, a causa da morte no documento consta como “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964″.
A nova versão do atestado também mostra uma observação para “desaparecido desde meados de 1971″. A alteração atende a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de dezembro do ano passado. Anteriormente, o documento de 1996 constava apenas a informação de “desaparecido desde 1971″.
Leia mais:
Virou caso de polícia: Uber e 99 serão investigadas por crime
Funcionária de lotérica que desviou bilhetes de loterias premiados é indiciada por furto, no DF
Cartórios do Brasil estão seguindo a resolução para corrigir a causa da morte nas certidões de 202 pessoas durante a ditadura militar. Outros 232 desaparecidos terão direito ao atestado de óbito.
A história da família de Rubens Paiva e do desaparecimento do político é contada no filme. A produção é dirigida por Walter Salles e protagonizada por Fernanda Torres e Selton Mello. Fernanda foi indicada na categoria Melhor Atriz. Ela já faturou o Globo de Ouro pela atuação na obra.

