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Mega da Virada: saiba qual a estratégia da defesa para provar que idosa ganhou em jogo não registrado

Elza Almeida, 64, mostra canhoto com números premiados, mas aposta não foi efetivada em lotérica

Ela diz que erro lhe impediu de obter prêmio e quer reparação
Elza Jesus de Almeida, de 64 anos, mostra canhoto com aposta premiada da Mega-Sena da Virada, mas lotérica só registrou dois jogos (Reprodução/Metrópoles)

A defesa da idosa Elza Jesus de Almeida, de 64 anos, que afirma ter acertado os seis números da Mega da Virada 2024, mas descobriu que a lotérica “errou” e não registrou o jogo dela, aposta nas imagens de câmeras de segurança para provar o direito dela ao prêmio milionário. O advogado Evandro Rolim, que representa a mulher, entrou com uma ação judicial para que o estabelecimento seja obrigado a entregar as gravações do circuito interno de monitoramento.

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O defensor explicou ao “Metrópoles” que o objetivo é provar que Elza esteve na lotérica e fez o jogo na Mega da Virada com os números premiados. Mas, por um equívoco da casa de apostas, não foi feito o devido registro.

“Caso o laudo seja positivo, a minha cliente entrará com ação judicial de indenização com fundamento na teoria da perda de uma chance, uma vez que ficou demonstrado que ela tinha probabilidade real e certa de ganhar e só não ganhou por erro no sistema”, disse o advogado.

Oficialmente, oito apostas acertaram as seis dezenas da Mega da Virada 2024 e vão dividir o prêmio de R$ 635.486.165,38. Cada uma delas levou para casa R$ 79.435.770,67. Caso Elza conseguisse provar que tem direito ao prêmio, o valor teria que ser dividido em nove, ficando em R$ 70,6 milhões para cada.

Enquanto ainda aguarda que a Justiça analise o pedido sobre as imagens, a idosa diz que tem esperanças de ter direito a ganhar a parte do prêmio que lhe cabe e que vai lutar por isso. “O resto da minha vida eu vou correr atrás. Antes de eu morrer, eu quero ver o resultado, porque eu não estou errada”, disse Elza.

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Como foi feita a aposta?

Em entrevista ao “Metrópoles”, Elza mostrou um dos canhotos da Mega da Virada que preencheu a mão com três apostas, sendo que uma delas tinha a combinação de números: 01 – 17 – 19 – 29 – 50 – 57, os mesmos números sorteados na virada do ano.

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No entanto, o canhoto oficial emitido pela lotérica mostra que foram registradas apenas dois jogos, ficando de fora o premiado.

“Foram oito jogos, foi bastante, eu não contei. Se eu tivesse contado, eu saberia que tinha um faltando. E quando ela cobrasse, eu falaria ‘não, pera aí, faltou um’, mas eu não contei. Nem imaginava isso, eu confiei”, contou ela.

A idosa só teve ciência que a aposta não foi registrada ao ver o sorteio e, desde então, tenta provar que fez o jogo, mas não ele não foi registrado por falha da lotérica.

Ela e o filho procuraram a polícia e também pediram ao estabelecimento as imagens de câmeras de segurança. Sem sucesso, procuraram o advogado, que fez o pedido à Justiça pelas gravações.

O que disse o dono da lotérica e a Caixa?

Também em entrevista ao “Metrópoles”, o proprietário da lotérica em questão, que não quis ser identificado, disse que encaminhou os vídeos que mostram o momento em que a idosa esteve no estabelecimento para a Caixa Econômica Federal. Ele ressaltou que o atendimento prestado a ela foi “normal”, ou seja, sem irregularidades.

“Lavei minhas mãos, agora é com eles”, disse o dono da lotérica, ressaltando que agora só o banco poderá elucidar o caso.

Já a Caixa ressaltou que o recibo emitido pelo terminal de apostas é o único documento que comprova o registro da aposta e habilita ao recebimento de prêmios. O banco ainda não se manifestou a respeito das imagens que mostram como foi o atendimento.

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