A menina Bethina Feldman, que sobreviveu a queda de um helicóptero na região do Morro Tico-Tico, em Caieiras, na Grande São Paulo, completa 12 anos nesta sexta-feira (17). Na véspera ela perdeu os pais, André Feldman, de 50 anos, e Juliana Elisa Maria Feldman, de 49, no acidente aéreo. Já o piloto da aeronave, Edenilson de Oliveira Costa, também foi resgatado com vida.
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Bethina e os pais são da cidade de Americana, no interior de São Paulo. O helicóptero partiu do Campo de Marte, na capital paulista, às 19h15 de quinta-feira (16), com destino ao município. Segundo informações da Defesa Civil, a aeronave perdeu o sinal de GPS por volta das 20h34.
O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado sobre o acidente aéreo às 23h28, quando as buscas foram iniciadas. O helicóptero foi localizado às 6h15 desta sexta-feira (17), quando os socorristas avistaram o piloto tentando sair de uma área de mata.
Ele indicou onde estava a menina, que foi retirada do local logo depois, sendo que ela confirmou que estava com os pais na aeronave (veja o momento do resgate abaixo). O casal também tem filhos gêmeos, de 9 anos, que não estavam no helicóptero.
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Bethina e Edenilson receberam os primeiros socorros no local e depois seguiram de helicóptero para o Hospital das Clínicas. Ainda não há mais detalhes sobre o estado de saúde deles.
Já André e Juliana não resistiram ao acidente aéreo e foram achados sem vida perto dos destroços do helicóptero.
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Quem eram as vítimas fatais?
André era dono da empresa de apostas online BIG Brazil International Games. Ele costumava fazer viagens a trabalho para a capital paulista com frequência na aeronave.

Já Juliana era empresária e formada em economia pela Fundação Armando Alvares Penteado, segundo informações que constam no perfil dela no LinkedIn.
O helicóptero em que eles estavam pertence à empresa C & F Administração de Aeronaves LTDA, da qual André era um dos sócios juntamente com Paulo Jose Converso. Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave é da fabricante Eurocopter France, modelo EC 130 B4, matrícula PRWVT.
O piloto era contratado da família e, segundo conhecidos, ele tem muita experiência de voo no trecho em que houve o acidente aéreo.
As causas do acidente aéreo ainda são desconhecidas e serão apuradas pelas autoridades. Conforme a Anac, a aeronave, que tinha capacidade máxima para transporte de seis passageiros, não tinha autorização para realizar serviços de táxi aéreo.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência.
“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, diz a FAB.
