O helicóptero que caiu em Caieiras (SP) na noite desta quinta-feira (16) já havia enfrentado problemas em 2023. Em novembro daquele ano, segundo informações do boletim de ocorrência registrado pelo empresário André Feldman, uma porta da aeronave caiu durante um voo teste de manutenção no Campo de Marte, em São Paulo.
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O boletim de ocorrência consta que “com a aeronave estabilizada e aproada ao vento, para fazer o Power Check, que é a checagem de potência da aeronave, a porta corrediça esquerda (localizada atrás do assento do piloto) abriu e se desprendeu da estrutura da aeronave”.
Na ocorrência, Feldman informou que não foi constatado danos a terceiros ou feridos. “Não houve alterações nos parâmetros da aeronave”. O caso foi relatado à Agência Nacional de Aviação Civil e ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira.
O helicóptero, com quatro ocupantes, caiu em uma área de mata no Morro do Tico-Tico, nas proximidades do Conjunto Habitacional Nosso Teto, na cidade de Caieiras, Grande São Paulo.
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A aeronave (EC 130B4 Prefixo PRWVT) foi considerada desaparecida por algumas horas, e os destroços foram localizados na manhã desta sexta (17). Ela havia decolado de São Paulo com destino à Americana, na região de Campinas. Chovia forte no momento da queda.
Segundo informações da Defesa Civil de São Paulo, duas pessoas foram resgatadas com vida, o piloto Edenilson de Oliveira Costa e Betina Feldman, de 12 anos.
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O piloto passou toda a madrugada, fria e chuvosa, protegendo a criança. Após a chegada do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Defesa Civil, ele continuou no local guiando as equipes até os destroços e auxiliando no trabalho de resgate.
Somente depois ele foi encaminhado pelo helicóptero Águia, da PM, ao Hospital das Clínicas, na capital, onde a menina já havia sido levada em um primeiro momento para atendimento. Os pais de Betina, o empresário Feldman, de 50 anos, e Juliana Elisa Maria Feldman, de 49, morreram.
A Força Aérea Brasileira informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão do Cenipa, foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência.