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Taxista de 80 anos é morto após ser sequestrado no ABC Paulista; bandidos exigiam Pix de R$ 5 mil

Claudio Chericoni foi abordado enquanto trabalhava; corpo dele foi achado ao lado de carro queimado

Dois suspeitos foram presos
Taxista Claudio Chericoni, de 80 anos, foi sequestrado e morto em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista (Reprodução/Facebook/Redes sociais)

A Polícia Civil investiga o sequestro que terminou com a morte do taxista Claudio Chericoni, de 80 anos, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O idoso foi abordado por bandidos enquanto trabalhava e eles passaram a exigir que a família fizesse um Pix no valor de R$ 5 mil para a libertação. Porém, o corpo da vítima foi achado ao lado do carro dele, que foi queimado, no bairro Vila Balneária. Dois suspeitos foram presos.

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O taxista saiu para trabalhar na segunda-feira (9), mas não voltou para casa. A filha dele estranhou e passou a ligar insistentemente para o celular do pai, quando um homem atendeu e disse que Claudio tinha sido sequestrado. O suspeito dizia que integrava uma facção criminosa e ameaçou matar o idoso, caso não recebesse o Pix e a polícia fosse acionada.

Mesmo com medo, os familiares acionaram a Polícia Militar. Durante buscas, os agentes encontraram o corpo de Claudio ao lado do carro dele, que estava em chamas, na Rua Iracema, por volta da 1h20 desta terça-feira (10). A vítima apresentava ferimentos similares a facadas.

Um neto do idoso continuou a ligar para o celular do avô, quando o frentista de um posto de combustíveis, localizado no Riacho Grande, atendeu. O rapaz explicou que o taxista tinha sido sequestrado e o funcionário disse que iria chamar a PM.

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Taxista Claudio Chericoni, morto após ser sequestro por bandidos, completou 80 anos no último domingo (8) (Reprodução/Facebook)

Prisão dos suspeitos

Os policiais seguiram ao posto de combustíveis, onde prenderam Wellington Vieira da Silva, de 38 anos, em flagrante pelo sequestro. Já o frentista, identificado como Mike Coelho Lemos, também acabou preso por suspeita de envolvimento no caso.

Ao ser ouvido, o frentista disse que Wellington chegou ao posto durante a madrugada, bastante nervoso. O homem disse faria um Pix para a conta dele, no valor de R$ 1 mil, em troca de dinheiro em espécie. Mike disse que desconfiou da postura do rapaz, mas receberia uma comissão de R$ 50 pela transação e aceitou.

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Para garantir que não sairia prejudicado, o frentista disse que pegou o celular de Wellington e, ao atender uma ligação, descobriu que se tratava de um caso de sequestro. Foi aí que ele chamou a polícia.

Wellington ainda estava no local quando os PMs chegaram e tentou fugir. Ele foi abordado e, com ele, foram encontrados três pedaços de papel com anotações de números de telefones celulares. Ao ser questionado sobre o que fazia no local, alegou que só estava tomando uma cerveja e nada sabia a respeito da vítima ou do telefone celular apresentado por Mike.

Tanto o suspeito quanto o frentista foram levados para a delegacia, onde receberam voz de prisão pelo sequestro e tentativa de extorsão da família. A polícia ainda apura se outras pessoas tiveram envolvimento com os crimes.

As defesas dos suspeitos não foram encontradas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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