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Alexandre Nardoni obtém autorização para passar festas de fim de ano em mansão no litoral de SP

Condenado por matar a filha, Isabella, ele cumpre regime aberto desde maio; agora, passará férias no Guarujá

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Alexandre Nardoni, que cumpre regime aberto desde maio passado, obteve autorização judicial para passar férias no Guarujá (SP) (Netflix)

Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da filha, Isabella, obteve uma autorização da Justiça para passar as festas de fim de ano na mansão de sua família, no Guarujá, no litoral de São Paulo. A defesa dele fez o pedido, alegado que faz parte da ressocialização que ele possa “estabelecer um convívio mais próximo dos filhos”. A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, então, liberou que o ex-detento passe férias dos dias 23 de dezembro a 3 de fevereiro no local.

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Assim, Alexandre deve ficar com os familiares em um condomínio de luxo no Jardim Acapulco, mas terá que seguir algumas regras. Ele não poderá frequentar bares ou casas de jogos, além de ter que permanecer em casa entre 20h e 6h.

O condenado está em regime aberto desde maio deste ano, quando obteve a progressão de pena por apresentar “bom comportamento” e ser aprovado em exames psicológicos. Desde então, reside na mansão do pai situada no bairro de Tucuruvi, na Zona Norte da Capital.

Após deixar a penitenciária de Tremembé, no interior paulista, Alexandre informou à Justiça que presta serviços para a construtora do pai, Antonio Nardoni, com remuneração mensal de R$ 2,5 mil.

Agora, a defesa dele fez o pedido para que fosse liberado para passar as férias no litoral com os filhos “que cresceram sem a presença do pai, o que, consequentemente, gerou um vácuo afetivo que somente poderá ser preenchido com o convívio e estreitamento da relação familiar”.

O pedido foi autorizado pela juíza no último dia 5 de dezembro. A defesa de Alexandre não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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Vida fora da cadeia

Conforme o site “Metrópoles”, Alexandre abriu uma microempresa individual (MEI) e assumiu a função de promotor e vendas de imóveis na Marc Empreendimentos e Participações Ltda, com sede na Rua Doutor César, bairro de Santana. Ele trabalha em formato híbrido, sendo presencial e remoto, com direito à chamada “short friday”, que configura no expediente mais curto às sextas-feiras.

O contrato apresentado destaca que o ex-detento vai atuar na venda de apartamento novos e usados, além de realizar a “supervisão e acompanhamento de obras novas ou já finalizadas” para “eventuais correções e reparos”.

Ainda no contrato, Anna Carolina Jatobá, esposa de Alexandre, sentenciada a 26 anos e oito meses pela morte da enteada, consta como testemunha do acordo de trabalho.

Apesar de Alexandre garantir que os dois seguem firmes no casamento, eles não dividem o mesmo teto. Atualmente, ele reside na mansão do pai situada no bairro de Tucuruvi, onde passa os momentos de folga e finais de semana.

Enquanto isso, Anna Jatobá e os dois filhos do casal moram em um apartamento no bairro de Santana. Esse imóvel foi um presente do sogro para a condenada, para que ela pudesse retomar a vida após obter a progressão para o regime aberto, em junho do ano passado.

Em março deste ano, quando Alexandre ainda estava em regime semiaberto, o casal obteve uma autorização judicial e pôde comparecer a um casamento, como padrinho, na Zona Norte de São Paulo.

Eles obtiveram autorização da Justiça
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram padrinhos de casamento, em São Paulo, enquanto ele ainda estava no semiaberto (Reprodução/RecordTV/SBT)

Morte de Isabella

Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento que ficava no sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008, segundo a Justiça.

Inicialmente eles alegaram que foi uma queda acidental, mas a investigação apurou que a criança apresentava marcas de que tinha sido agredida e morta antes de ser arremessada.

O Ministério Público destacou durante o julgamento do casal que as provas periciais obtidas pela Polícia Civil não deixavam dúvidas sobre a autoria do assassinato. A acusação destacou que a madrasta esganou Isabella e, em seguida, o casal cortou a tela de proteção da janela e o pai jogou o corpo da criança.

Assim estaria Isabella Nardoni, com 19 anos, se ainda estivesse ainda
Isabella Nardoni tinha 5 anos quando foi morta e jogada da janela de um prédio, em SP Reprodução

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