A jovem Thais Medeiros de Oliveira, de 27 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, continua internada no Centro Estadual De Reabilitação e Readaptação (Crer), em Goiânia, em Goiás, tratando um quadro inicial de pneumonia. Segundo familiares, ela apresentou melhora do quadro de saúde e segue estável “sem uso de oxigênio”.
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Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra a jovem no leito do hospital (assista abaixo):
“Ela está bem estável, graças a Deus, não deu mais febre (...) Está bem melhor do que ela chegou e não está mais com oxigênio”, explicou Adriana Medeiros, mãe de Thais, no vídeo.
O padrasto da jovem, Sergio Alves, ressaltou na gravação que pessoas de todo o país tem rezado pela recuperação dela. “Tem uma corrente de oração pedindo a Deus que te restaure, pra que a gente possa ir embora pra casa o mais rápido possível”, disse ele.
Conforme os familiares, Thais começou a apresentar febre e precisou ser hospitalizada na última segunda-feira (2), quando foi diagnosticada com “início de pneumonia”.
“Ela deu início de pneumonia no pulmão do lado esquerdo, está sendo medicada, tomando antibióticos, tá dando febre e isso deixa a gente muito preocupado. Vamos entregar na mão de Deus”, afirmou o padrasto nas redes sociais.
Na última sexta-feira (6), Sérgio contou que a jovem estava com dificuldade respiratória e fazia uso de oxigênio. Contudo, ela apresentou melhora do quadro e agora respira espontaneamente.
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Luta por homecare
A família de Thais luta na Justiça para que a Prefeitura de Goiânia custeie um homecare para a jovem. Em novembro de 2023, uma decisão determinou a medida, mas ela não foi cumprida até agora.
A medida determinou que a administração municipal inclua a jovem nos serviços da Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD), com atendimento nas áreas de fisioterapia e enfermagem, além do serviço de transporte para consultas ou tratamentos em unidades de saúde.
No entanto, a prefeitura alega que Thais não se enquadra nos requisitos e não cumpriu a decisão judicial. A administração afirma que ofereceu acompanhamento domiciliar por meio visitas de equipe multidisciplinar de saúde, mas os parentes da jovem não aceitaram.
No dia 16 de setembro, a família fez um pedido à Justiça Federal, para que a prefeitura seja obrigada a fornecer o homecare e segue no aguardo de um parecer.
Reação à pimenta
A trancista passou mal na tarde do dia 17 de fevereiro de 2023 durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na UTI.
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
Desde o episódio, Thais teve várias idas e vindas ao hospital, sendo só em Unidades de Terapia Intensiva foram mais de 80 dias de internação.