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Emboscada a cruzeirenses: foragido, presidente da Mancha Alviverde renuncia e diz que vai se entregar

Jorge Santos teve a prisão decretada, mas não foi encontrado; um torcedor do Cruzeiro morreu no ataque

Reprodução
Foragido, Jorge Luiz Sampaio Santos renunciou ao cargo de presidente da Mancha Alviverde e diz que pretende se entregar

O presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luiz Sampaio Santos, renunciou ao cargo no fim de semana. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça por suspeita de envolvimento em uma emboscada a torcedores do Cruzeiro, quando um homem morreu, no fim de outubro, mas até agora não foi encontrado. A defesa dele disse que ele pretende se entregar às autoridades em breve.

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Em uma carta dirigida à torcida organizada do Palmeiras, Jorge Luiz destacou que ocupou o cargo de presidente por três anos em uma “organização histórica com mais de 90 mil sócios que realiza inúmeros projetos sociais e se dedica incansavelmente a promover a união no futebol”.

“Devido aos acontecimentos recentes, contudo, não posso mais continuar. Comunico a todos que renuncio à presidência dessa valorosa torcida, cujos interesses estão acima de qualquer ato isolado. Meu afastamento é necessário não apenas para preservar minha família, mas também para que eu possa me dedicar exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência”, escreveu ele.

A defesa de Jorge Luiz, representada pelo escritório Jacob Alcaraz, informou ao site G1 que o cliente acredita “no Poder Judiciário e em sua capacidade de garantir sua integridade física, segurança e direitos fundamentais” e ressaltou que “as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade”. Os advogados disseram, ainda, que ele poderá se entregar no próximo dia 12.

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Emboscada a cruzeirenses

A emboscada feita por integrantes da Mancha Alviverde contra a torcida do Cruzeiro, a Máfia Azul, ocorreu no último dia 27 de outubro. Os rivais seguiam em ônibus que foram atacados na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. Um torcedor não resistiu aos ferimentos e morreu, além de outros 17 que ficaram feridos.

De acordo com a Polícia Civil, a organizada do Palmeiras queria se vingar dos cruzeirenses por uma briga que perde, em 2022, em Minas Gerais. Assim, os integrantes usaram rojões, pedaços de pau, pedras e barras de ferros para atacar os rivais.

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Por conta do episódio, a Federação Paulista de Futebol atendeu a um pedido do Ministério Público e proibiu a Mancha Alviverde de frequentar estádios de futebol no estado de São Paulo por tempo indeterminado.

Uma operação realizada pela Polícia Civil na semana passada prendeu 10 palmeirenses suspeitos de envolvimento na emboscada, sendo que dois já estavam detidos. Outros três, incluindo Jorge Luiz, continuam sendo procurados. Mais cinco torcedores, que não foram alvos da operação, também são considerados foragidos.

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