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Preso terceiro suspeito por assalto que matou delegado em SP; homem estava em bar em MG

Polícia diz que rapaz, que tinha mandado de prisão em aberto, foi flagrado usando drogas

Ele tinha 35 anos de carreira na Polícia Civil
Delegado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, morreu após ser baleado em tentativa de assalto, na Zona Oeste de SP (Reprodução/Polícia Civil)

O terceiro suspeito pela tentativa de assalto que terminou na morte delegado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, foi preso. O homem, de 29 anos, foi localizado usando drogas na frente de um bar na cidade de Extrema, em Minas Gerais.

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Conforme a Polícia Militar, o suspeito estava com outra pessoa fazendo o uso dos entorpecentes, na madrugada de sábado (28). Ambos foram detidos e levados para a delegacia de Extrema, quando foi constatado que havia um mandado de prisão temporária aberto contra um dos suspeitos por envolvimento no assalto ao delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Assim, esse mandado foi cumprido e o suspeito deverá ser encaminhado para a capital paulista. Além dele, outros dois suspeitos pelo crime que matou Mauro Guimarães já tinham sido presos. Se tratam de Vitor Hugo de Santana Ferreira e Enzo Wagner Lima Campos.

O assalto em questão ocorreu no último dia 21, na Rua Caio Graco, na Lapa. Segundo a polícia, Enzo era o bandido que apareceu nas imagens de câmeras de segurança abordando o delegado. O vídeo mostrou o homem em uma motocicleta, se aproximando de Mauro, que estava acompanhado da esposa, Ana Paula Soares (assista abaixo).

Houve troca de tiros e o investigador acabou atingido por dois disparos no peito, sendo que não resistiu. Já o criminoso foi baleado sete vezes, mas foi levado o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), onde segue internado e mantido sob custódia policial.

Após buscas, os policiais localizaram Vitor Hugo escondido em Diadema, no ABC Paulista, na noite do último dia 23. Ele foi levado para a sede do Deic e permanece à disposição da Justiça.

Enzo e Vitor Hugo devem ser indiciados pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. O mesmo deve ocorrer com o terceiro suspeito, que não teve o nome revelado.

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As defesas deles não foram localizadas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Relembre o caso

O delegado estava acompanhado da esposa, quando eles foram abordados pelo assaltante em uma motocicleta. Mauro reagiu e trocou tiros com o criminoso, sendo que ambos acabaram baleados e o investigador não resistiu.

O corpo foi sepultado na manhã do dia 22 de setembrp no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Várias autoridades estiveram presentes, entre elas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mauro era delegado com vasta experiência, sendo que atuava na função desde 1988. Ele já tinha exercido cargos de comando na Polícia Civil em delegacias seccionais no interior do estado, como em Sorocaba, mas também esteve à frente de delegacias da Região Metropolitana da Capital, como Osasco e Carapicuíba. Atualmente, ele comandava o Deic.

Ele começou na Polícia Civil aos 19 anos, como investigador, e atualmente era de classe especial, a faixa mais alta da carreira. O investigador também integrou a equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista.

O investigador vinha de uma família de delegados, como o irmão Maurício Guimarães, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), e o seu pai Acrisio Soares, que chegou assumir o DEIC nos anos 1980.

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