Câmeras de segurança de uma adega registraram uma ação violenta de policiais militares em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. As imagens, exibidas pelo “Fantástico”, da TV Globo, mostraram quando os agentes entraram no local e agrediram homens e mulheres, que não ofereciam resistência. Após a denúncia, a Corregedoria da Polícia Militar informou que apura o caso.
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Rapaz, mais um absurdo da PM comandada por Tarcísio! Imagens revoltantes mostram PMs agredindo clientes em uma adega em Ribeirão Preto. Ação no comércio terminou com agressões e ameaças de morte a clientes que não ofereceram resistência. A adega não tinha qualquer relação com o baile da rua.
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa.bsky.social) September 23, 2024 at 9:20 AM
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Conforme a reportagem, o caso aconteceu no último dia 15 de setembro. Na ocasião, os PMs foram acionados pela vizinhança, que estava incomodada com um baile funk realizado no bairro Parque Ribeirão Preto. Os agentes foram ao local e, com disparos de bombas e gás, encerraram a festa.
Porém, os policiais identificaram uma adega, que fechou as portas ao ver a aproximação deles. Alguns clientes seguiram dentro do estabelecimento, quando os PMs decidiram entrar. Os agentes arrombaram o portão com pelo menos 37 chutes e, lá dentro, passaram a agredir mulheres e homens, sendo que nenhum deles reagiu.
O dono da adega contou ao “Fantástico” que chegou a avisar que abriria as portas, mas passou a ser ameaçado e ficou com medo. “Eu falei: senhores, eu tenho um portão lateral. Se o senhor aguardar, eu abro. Mas, do jeito que vocês estão, não tem como. Se vocês estão dizendo que vão matar, eu vou abrir e vocês vão nos matar”, relatou.
Depois que entraram, os policiais empurraram um cliente de 61 anos, que caiu em cima de uma motocicleta. Em seguida, ele levou um tapa de um policial. Logo depois, outro cliente foi atacado com 17 golpes de cassetetes.
O dono da adega disse que os agentes perceberam que o local era monitorado por câmeras, mas não se importaram. Mas eles o levaram para um quarto, que não era gravado, onde disse que as agressões foram ainda mais violentas. Desesperado, ele disse que chegou a ligar para a polícia para pedir socorro, pois estava sendo vítima de violência policial.
“Bateram em pessoas de bem. Você não vê em momento algum as vítimas sendo revistadas. Foi um verdadeiro procedimento fora de qualquer padrão”, disse o advogado Alexandre Durante, que defende o dono da adega.
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Investigação
Após a repercussão do caso, a Corregedoria da PM informou que instaurou uma investigação sobre a conduta dos policiais.
Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) destacou que os agentes foram remanejados “para funções administrativas” e que “a instituição não tolera excessos ou desvios de conduta, punindo com rigor toda irregularidade comprovada”.