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Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de balear e decapitar funcionário de hospital, no Ceará

Polícia diz que Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, de 41 anos, cometeu o crime por ciúmes da esposa

A Justiça do Ceará converteu em preventiva a prisão do motorista de aplicativo Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, de 41 anos, que é suspeito de balear e decapitar o zelador Francisco Mizael Souza da Silva, de 29, enquanto a vítima trabalhava no Hospital Instituto Doutor José Frota (IFJ), em Fortaleza. A motivação do crime seria ciúmes que o autor tinha da esposa com o colega de trabalho.

Lima foi preso em flagrante na terça-feira (23), depois que atirou e decapitou a vítima no refeitório do hospital. O suspeito já tinha trabalhado como copeiro na unidade de saúde e, apesar de ter sido demitido há mais de um ano, conseguiu entrar lá usando o reconhecimento facial.

Um vídeo mostra o desespero de colegas após o assassinato de Silva no refeitório (assista abaixo). Outro funcionário também ficou ferido, mas não há detalhes sobre o estado de saúde dele.

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De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará, Lima já tem antecedentes criminais por desacato e um processo de medida protetiva.

A esposa dele, que também trabalha no hospital, disse em depoimento que o marido é muito ciumento e queria que ela deixasse o emprego. Ele tinha ciúmes dela com o zelador e outros funcionários do IFJ. Porém, a mulher negou que mantivesse qualquer relação extraconjugal. Sobre Silva, ela ressaltou que eles não eram próximos.

As advogadas Jéssica Rodrigues e Ariel Amorim, que defendem o suspeito do crime, disseram ao site G1 que o seu cliente colabora com as investigações. “A gente ainda vai se debruçar sobre o processo. O inquérito ainda não foi concluído”, disseram.

Em nota, a direção do hospital lamentou o crime. “As famílias das vítimas estão sendo acolhidas e a situação está sendo acompanhada pelos órgãos de segurança, que está recebendo todo o apoio para as investigações. Reforçamos que todos os atendimentos aos pacientes seguem sendo realizados sem interrupção”, destacou o IFJ.

Família desconhecia ameaças

A irmã da vítima, Francisca Escóssia, ressaltou que a família desconhecia qualquer ameaça sofrida pelo irmão.

“A gente nunca soube que ele estava recebendo ameaças. Meu irmão não tinha problemas com ninguém e era muito alegre. Gostava de brincar com todo mundo. Se essa pessoa que era o pivô da situação teve algo com ele, foi em relacionamento de amizade e não passava disso. Se houve alguma coisa foi negligência do próprio estabelecimento que ele trabalhava”, lamentou ela.

Francisco era casado e tinha uma filha de seis anos, sendo que esposa dele está grávida do segundo filho. Familiares contaram que ele trabalhava no mesmo hospital há 10 anos.

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O corpo da vítima foi enterrado no fim da manhã de quarta-feira (24), em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza.

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