O empresário Israel Leal Bandeira foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de importunação sexual, depois de ser flagrado tocando nas nádegas da nutricionista Larissa Duarte, de 25 anos, dentro do elevador de um prédio comercial, em Fortaleza, no Ceará. O caso foi repassado ao Ministério Público Estadual, que pediu a prisão preventiva do homem. A solicitação ainda é analisada pela Justiça.
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Após a repercussão do caso, mais duas mulheres procuraram a polícia e denunciaram que foram assediadas por Bandeira. As situações ainda são devidamente apuradas.
O assédio contra a nutricionista ocorreu no último dia 15 de fevereiro e foi registrado pelas câmeras de segurança. As imagens mostram que os dois não chegaram a trocar palavras e, quando ela descia em um andar, ele a tocou (assista abaixo):
Larissa passou a gritar e confrontou o agressor, que fugiu pelo estacionamento. “Eu chamei ele, num primeiro momento, de ‘louco’, fiquei sem reação, sem acreditar. Veio também o sentimento de raiva, de impotência, de tristeza por não estar segura em nenhum momento”, disse a vítima em entrevista à TV Verdes Mares.
A vítima registrou um boletim de ocorrência por importunação sexual e o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, que fez o indiciamento.
“Eu não acreditei naquela situação, eu estava num prédio comercial, terminando meu expediente, indo embora, em um prédio cheio de câmeras, e aconteceu isso”, lamentou a vítima.
Defesa alega confusão
Na última quinta-feira (21), Bandeira prestou depoimento à polícia, mas o teor das falas dele não foi revelado. A defesa do empresário, por sua vez, disse que ele confundiu a nutricionista com outra mulher.
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“A defesa do Senhor Israel Leal Bandeira Neto informa que este não possui antecedentes criminais e que declara profundo arrependimento e desejo de se retratar perante a vítima pelo fato ocorrido que decorreu de um erro sobre a pessoa, pois o investigado imaginou tratar-se de outra mulher com quem tinha intimidade”, destacaram os advogados, em nota.
Já a empresa M7 Investimentos, associada da XP, da qual o empresário é sócio, informou que ele foi afastado das funções. A companhia destacou, em nota publicada nas redes sociais, que “repudia veementemente qualquer ato de violência, abuso ou importunação, de qualquer ordem”.
