A família da empregada doméstica Juliane Lima Gonçalves, de 29 anos, que morreu após cair no poço do elevador de um prédio em Salvador, na Bahia, está “desolada” com a perda. A vítima tinha encerrado o primeiro dia de trabalho em um apartamento, quando houve a queda equivalente a sete andares. Ela foi socorrida ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
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“A família está desolada, principalmente a mãe, que recebeu a notícia do falecimento da filha em pleno dia do aniversário. É horroroso para qualquer pessoa do mundo. Infelizmente vai ficar marcado por toda vida”, contou o marido de Juliana, identificado apenas como Adailton, em entrevista ao site G1.
Conforme o marido, a mulher pretendia visitar a mãe logo após encerrar o expediente. Ela era conhecida por sempre estar muito alegre. “Era uma pessoa querida por todo mundo e tinha muitos planos. Vinha realizando muitos sonhos, mas infelizmente foi interrompido por causa dessa tragédia”, lamentou o marido.
Além do companheiro, Juliane também deixou um filho de 11 anos. Além de trabalhar como empregada doméstica, ela também atuava como cuidadora de crianças.

Relembre o caso
O caso aconteceu na segunda-feira (18), na Rua Ceará, no bairro Pituba. A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, por volta das 17h. No local, a vítima ainda apresentava os sinais vitais, mas logo piorou e morreu enquanto era levada para um hospital.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou ao site G1 que abriu um inquérito civil para apurar as circunstâncias da morte da empregada doméstica.
Segundo o órgão, o objetivo é que sejam reunidos elementos de prova, como laudos de órgãos de fiscalização, documentos do condomínio e do empregador da vítima, além de depoimentos, para apurar se normas de saúde e segurança do trabalho, previstas na legislação brasileira, estavam sendo cumpridas no prédio.
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Já a Polícia Civil destacou que já ouviu a moradora do prédio que contratou Juliane, assim como a filha dela. O síndico também deverá prestar depoimento em breve para esclarecer como estava a manutenção do elevador.
“O fato é que quando ela abriu a porta, o elevador não se encontrava no andar. Acreditamos, pelo que já realizamos de oitivas, que ela poderia estar utilizando o celular e não fez essa observação”, afirmou a delegada Marita Souza.
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