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Candidato lamenta após ser preso por engano enquanto fazia prova do Enem: “É irreparável”

Ele tem o mesmo nome de outro homem que tem um mandado de prisão em aberto

Ele tem o mesmo nome que outro homem que é procurado pela polícia

O vendedor Marcos Antonio Gomes da Silva, de 50 anos, se preparou o ano todo para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no Recife, em Pernambuco, mas não imaginava que seria impedido pela polícia. Isso porque ele foi detido por engano enquanto fazia o teste, pois tem o mesmo nome de um homem que tem um mandado de prisão em aberto. A confusão foi esclarecida, mas o estudante não pôde mais voltar e finalizar as questões.

“É irreparável. A gente se prepara, tem um sonho, e, de repente, uma falha acaba com tudo”, lamentou Marcos em entrevista à TV Globo, reproduzida pelo site G1.

O candidato fazia o Enem na a Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, e, quando já respondia à 30ª questão, foi convocado pela coordenadora da sala para sair. “Eu estranhei, quando cheguei no pátio da escola, me deparei com dois policiais militares que disseram que tinham um mandado de prisão no meu nome. Entrei em estado de choque, fiquei sem entender a situação”, lembra Marcos.

Segundo ele, os policiais perceberam que, apesar de homônimos, os nomes dos pais eram diferentes, assim como o local e data de nascimento. Ainda assim, os agentes o levaram até o Instituto de Identificação Tavares Buril, no Centro do Recife, para checar as impressões digitais, impedindo que o candidato finalizasse a prova. “Tentei argumentar, mas não tive apoio da coordenação do Enem”, lamentou o estudante.

Depois que foi comprovado que o procurado não se tratava de Marcos, ele foi levado até a Delegacia de Boa Viagem, onde registrou um boletim de ocorrência. “Estou desestabilizado, foi uma situação constrangedora. Várias pessoas presenciaram a situação, e, até que se prove o contrário, as pessoas têm um olhar negativo. Espero que a Justiça tome as medidas cabíveis e que haja uma reparação”, afirmou ele.

O que dizem as autoridades?

Ao G1, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, informou que o candidato foi retirado da sala após ordem policial e que não pode retornar, pois tinham se passado duas horas do início da aplicação do exame.

O Inep ressaltou que ele poderá refazer a prova, desde que faça a solicitação de reaplicação na Página do Participante até o dia 17 de novembro.

Já a Secretaria de Segurança Pública destacou, em nota conjunta com a Polícia Federal, que a partir do cruzamento de dados foi identificado que duas pessoas com mandados de prisão em aberto se inscreveram para o Enem, entre elas Marcos.

“Considerando que estava ativado o Centro Integrado de Comando e Controle Estadual para acompanhamento da realização do Enem, com a presença de forças de segurança municipais, estaduais e federais, a Polícia Militar foi requisitada a dar cumprimento aos mandados”, dizia o texto.

A PM “encontrou divergência nos dados de filiação que constava no mandado judicial, no cumprimento do segundo mandado” e, por isso, o candidato foi liberado pelo delegado de plantão.

Ainda segundo a nota, foi verificado que o CPF de Marcos “possui um alerta junto ao sistema de procurados e impedidos da Polícia Federal oriundo da Justiça estadual da Paraíba, motivo pelo qual ainda estão sendo realizadas diligências.”

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