Dois dias antes do encerramento dos Jogos Panamericanos de Santiago 2023, os atletas da delegação brasileira bateram a marca de 54 medalhas de ouro, que tinha sido conquistada há quatro anos no Pan de Lima. Até então, a campanha feita no Peru tinha sido a melhor do Brasil na História da competição.
Só na sexta-feira, 3 de novembro, foram ganhas dez medalhas de ouro. Três delas vieram com as atletas da equipe de Ginástica Rítmica. Com apresentações bonitas e com boa qualidade técnica, as ginastas brasileiras se destacaram nas apresentações individuais por aparelhos. Pela manhã, subiram ao topo do pódio Bárbara Domingos, na decisão da bola, Maria Eduarda Alexandre no arco. À tarde, veio mais um ouro ainda teve com a prova dos cinco arcos, conjunto da ginástica rítmica. “Essa conquista em Santiago encerra um ano com muito esforço e trabalho”, diz Gabriella Coradine. “Treinamos de quatro a oito horas por dia: a medalha de ouro é fruto de muito esforço.”

Outra modalidade que contribuiu com três medalhas douradas foi a vela: Bruno Martine Grael e Kahena Kunze (classe 49er FX) e Mateus Isaac (IQ Foil) venceram suas classes, confirmando os bons resultados dos outros dias de regatas. “Quem chegasse na frente nesta última regata, entre nós canadenses e americanas ganharia a medalha de ouro”, disse Martine. “Para as Olimpíadas, temos muitos campeonatos para disputar, nesta preparação.”
“Durante os dias no Chile, fomos ganhando vantagem e deu para focar em uma medalha”
— Martine Grael

No Pan de Santiago 2023, teve ouro em modalidades em que o Brasil, tradicionalmente, conquista pódios, como no Hipismo: Stephan Barcha foi campeão nos Saltos. E teve campeã em esportes cujo desempenho tem evoluído como fruto do treinamento dos atletas, como as Lutas. Foi o caso de Lais Nunes no Wrestling. Ela derrotou a cubana María Santana por 3 a 0 na final da categoria até 62 kg.

No Atletismo, o último lançamento feito por Darlan Romani atingiu a melhor marca do dia no Arremesso de Peso – 21,30 metros – e valeu o bicampeonato panamericano para ele.
“Poderia ter arremessado mais, mas considerando a fase de preparação em que estou foi um bom resultado”, disse Romani ao PUBLIMETRO. Em 2022, o atleta viveu uma fase atribulada, marcada por uma cirurgia de hérnia de disco.

Logo em seguida, nos 400m com barreiras, Marlene Santos conquistou um título inédito para o Brasil nos 400m com barreiras. Ela tinha chegado em segundo lugar nesta prova, mas herdou o ouro da panamenha Gianna Woodruf, desclassificada por ter empurrado uma das barreiras, que os atletas deveriam ultrapassar.
Com isso, o tempo de 57s18, obtido por Marlene valeu o primeiro lugar para ela. “Fico muito feliz porque é uma competição para a qual eu e minha equipe trabalhamos bastante, com o objetivo de evoluir para as Olimpíadas”, disse ela.

