No final da terça-feira, dia 31 de outubro, o Brasil ainda sustentava o segundo lugar entre os 41 países que disputam os Jogos Panamericanos de Santiago 2023. Atrás dos Estados Unidos, líderes absolutos com 76 medalhas de ouro, os brasileiros estão logo à frente de México e Canadá. Têm 38 primeiros lugares contra 35 dos canadenses e dos mexicanos. Como o Canadá tem 33 pratas, contra 22 do México, está na terceira posição no quadro geral de medalhas.
ANÚNCIO
E, portanto, a trigésima-oitava medalha dourada da delegação brasileira parecia que seria conquistada no tatame do Centro de Lutas de Contato do Estádio Nacional, logo no final da manhã, na disputa por equipes. Após derrotar a Venezuela por 4x1 nas quartas-de-final e a Colômbia por 4 a 0, nas semifinais, os judocas brasileiros mediram forças contra a forte equipe de Cuba.

E começaram na frente. O Brasil fez 1x0 no 57 kg feminino, sem precisar lutar, uma vez que os cubanos não tinham competidora neste peso. Nos 73 kg, Gabriel Falcão derrotou Magdiel Estrada com um waza-ari. Na luta a seguir, Idelannis Gomez (70kg) derrotou Luana Carvalho por ippon e Ivan Silva Morales (90kg) empatou o confronto, conseguindo um waza-ari contra Rafael Macedo. Na quinta luta da série, Beatriz Souza venceu Idalys Ortiz nas punições. Cuba deu o troco no sexto combate, nos +90 kg, no qual Andy Granda conseguiu derrotar Rafael Silva. Baby, como ele é mais conhecido, cometeu três punições, contra duas do cubano.
Um sorteio definiu que a luta de desempate neste confronto por equipes fosse, exatamente, a da categoria +90kg. Novamente, Granda venceu por Baby, outra vez por ter cometido menos punições. “Queria ter dado esse ouro para o Brasil por equipes, mas é judô e tenho que reconhecer que meu adversário estava bem preparado e foi melhor”, disse Baby, logo após a luta.
Aos 36 anos, o judoca é o brasileiro mais idoso a conquistar uma medalha no Judô em uma edição dos Jogos Panamericanos. “Quero seguir treinando, buscando essa classificação olímpica e tentar encerrar a carreira em Paris 2024 com chave de ouro”.
O Brasil poderia , também, ter conquistado sua próxima medalha de ouro no Tênis de Mesa, nos confrontos de duplas femininas e masculinas. Mas, ela também não veio não deu. Na final contra as americanas Amy Wang e Rachel Sung, as brasileiras Bruna e Giulia Takahashi perderam por 4 sets a 3. Nas duplas masculinas, Hugo Calderano e Vitor Ishiy foram derrotados pelos cubanos Jorge Campos e Andy Diez por 4 a 2. “Faltaram detalhes para o nosso jogo ser melhor e eles foram melhores”, resumiu Calderano.
No Atletismo, mais uma vez a medalha de ouro brasileira ficou no quase. No Decatlo, José Fernando Ferreira Santana, o Balotelli, ficou em segundo lugar, atrás apenas do chileno Santiago Ford. Ryan Talbot, dos Estados Unidos, levou o bronze. Fez diferença seu desempenho ruim no Lançamento de Disco. A prata veio graças aos primeiros lugares obtidos no Salto com Vara (4,90 m) e Lançamento do Dardo (63,71 m), as melhores da prova.
ANÚNCIO
Minutos depois, também na pista de Atletismo do Estádio Nacional de Santiago, o ouro quase veio em uma final dos 100 m rasos que teve duas largadas anuladas. Melhor brasileiro da prova, Felipe Bardi cravou 10s31, um décimo de segundo atrás do dominicano Jose Alnardo Gonzalez, o vencedor com 10s30. Erik Cardoso, o outro brasileiro nesta final cruzou a linha de chegada com 10s36 e foi o quarto colocado, atrás de Emanuel Archibald, da Guiana, que ganhou o Bronze.
“Desta vez, o ouro não veio por um detalhinho”, disse Bardi, logo após sua prova. Ele preferiu analisar os pontos positivos. “Dei o meu melhor e fico feliz com a prata. Agora é focar no Revezamento 4x100 metros para defender o título que a equipe brasileira conquistou no Pan de Lima 2019.”
O Brasil também conquistou dois Bronzes: com Felipe Toldo, na Esgrima, e com Altobeli Santos nos 5 mil metros.