O motorista de aplicativo Regilaneo da Silva Inácio, de 42 anos, que foi atingido por um aparelho de musculação em uma academia de Juazeiro do Norte, no Ceará, segue paraplégico após passar por uma cirurgia. Ele tem quadro de saúde estável e faz sessões de fisioterapia intensiva, mas continua sem previsão de alta.
ANÚNCIO
“O paciente encontra-se bem, otimista. Já começou a sentar, se alimentar sentado. Está em fisioterapia intensiva, com reabilitação motora, mobilidade no leito, ativa e passivamente. Essa mobilidade é fundamental para o início do estímulo neurológico que ele precisa agora”, disse o neurocirurgião José Correia Júnior, que participou da cirurgia, em entrevista ao site G1.
O médico explicou que ele teve uma lesão severa, na qual os neurônios foram danificados. “A junção toracolombar, que é a transição da caixa torácica para a lombar, foi perdida a continuidade óssea. Não toca um osso no outro.”
Conforme o profissional, o motorista recebeu pinos e parafusos para redução da fratura, com objetivo de fazer o realinhamento ósseo e descompressão da medula. Apesar disso, ele tem menos de 1% de chance de voltar a andar.
Relembre o caso
Um vídeo que mostra o momento do acidente, ocorrido no último dia 4, viralizou nas redes sociais (assista abaixo). Nas imagens é possível ver que Regilaneo foi atingido por um aparelho chamado “hack squat”, usado para fazer agachamento convencional, substituindo a barra livre, que possui uma trava central e anilhas dos lados.
O aluno estava usando o aparelho e saiu para colocar mais peso. Depois, ele apareceu sentado para descansar na borda do equipamento, que estava preso pela trava. Sem que ninguém se aproximasse, o travamento soltou e ele foi atingido nas costas com força, em uma pancada equivalente a 150 kg.
A vítima ficou caída no chão, enquanto outros alunos correram para socorrê-lo.
ANÚNCIO
Vaquinha virtual
A esposa do motorista, Maria Socorro Pereira Inácio, contou que a cirurgia a qual ele foi submetido custou R$ 35 mil, mas que a academia tem prestado apoio. Apesar disso, os parentes criaram uma vaquinha virtual para tentar arrecadar fundos para o tratamento do motorista.
“A academia se responsabilizou desde o início e vai continuar apoiando a família no que for necessário. O que tiver ao nosso alcance”, afirmou Fabio Ferreira, sócio da academia, ao site UOL.
Ainda segundo os responsáveis pela academia, o aparelho era novo, estava em boas condições e passava por manutenção periódica. Eles classificaram o ocorrido como “uma fatalidade”.
LEIA TAMBÉM: