O dentista Jeferson Scaranto foi preso depois que pacientes o denunciaram por abuso sexual durante os atendimentos, no Rio Grande do Sul. Reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, mostrou um vídeo gravado por uma das vítimas, que mostrou a conduta abusiva do profissional. Ela entregou o material à polícia e, depois de mais denúncias, o homem acabou preso quando estava em um avião.
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Conforme a reportagem, a paciente que gravou o vídeo esteve no consultório pela primeira vez em outubro do ano passado, quando disse que o dentista teve uma ereção. Ela estranhou a situação, mas não o denunciou. Meses depois, ela voltou a ter dor de dente e voltou ao consultório, quando decidiu esconder o celular em sua bolsa e gravou o atendimento.
“No momento que ele está injetando a anestesia no dente, ele já está começando a ter uma ereção; toda vez que eu me levanto para cuspir, ele tenta olhar para debaixo da minha saia. Ele puxa, com o cotovelo dele, o meu braço em direção ao órgão genital dele”, afirmou a mulher.
Quando saiu do consultório, a paciente seguiu até a Delegacia da Mulher, onde entregou o vídeo. O caso passou a ser investigado e Scaranto acabou denunciado à Justiça. Na época, ele passou a cumprir medidas cautelares em liberdade.
No entanto, outra paciente procurou as autoridades e revelou que também foi abusada pelo profissional. Ela disse que esteve no consultório por três vezes e, na última, o homem chegou a ejacular.
A prisão
A Justiça determinou a prisão do dentista, que acabou detido quando estava em um avião. Ele estava ao lado da esposa e voltada de São Paulo para o Rio Grande do Sul. Nesta semana, ele virou réu no caso e responde por “violação sexual mediante fraude”.
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O Conselho Federal de Odontologia diz que “apoia as ações dos órgãos competentes, em especial o ministério público e a autoridade policial”.
Já a defesa de Scaranto afirmou ao “Fantástico”, em nota, que o “vídeo gravado por uma das vítimas não apresenta comportamento ou conduta diversa dos protocolos de atendimento de qualquer procedimento odontológico” e que nos depoimentos das outras vítimas “não existe nada nas afirmações que possa sugerir provas”.
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