O TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) manteve a demissão por justa causa de uma técnica de enfermagem que chamou um recém-nascido de “macaquinho” em Belo Horizonte.
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A profissional disse a uma mãe de gêmeos que “seu menino parecia um macaquinho”. Após o comentário, a mãe teve uma “crise de choro”, segundo uma testemunha do caso. O bebê estava internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Além disso, a funcionária teria passado a tratar a paciente de forma “bastante ríspida”.
O caso foi levado à ouvidoria do hospital, e a profissional acabou demitida dias depois.
A técnica de enfermagem admitiu ter feito a comparação, mas alegou que “não teve intenção de ofender ou de discriminar”. Ela disse que, ao fazer o comentário, lembrou da própria filha ao dizer, segundo ela, que “o seu filho/bebê é cabeludinho, igual à minha filha, que parecia um macaquinho”.
‘Infeliz comentário’
O desembargador André Schmidt de Brito, relator do caso, ressaltou que “o infeliz comentário” em relação a um dos bebês, “ainda que sem intenção pejorativa ou racista”, é ofensivo, e pontuou que a técnica de enfermagem sequer prosseguiu com “um necessário e esperado pedido de desculpas”.
Ainda segundo Brito, o comportamento denota “ausência de postura profissional condizente com o cargo ocupado”.
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