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Mãe de Daniel Alves se reúne com advogados na Espanha; ela indicou que crê na inocência do filho

Abalada, Lúcia Alves não quis falar, mas balançou a cabeça assertivamente ao ser questionada por repórter

Ele é acusado de estupro
Lúcia Alves, mãe de Daniel Alves, se reúne com advogados em Barcelona, onde o filho está preso (Reprodução/La Vanguardia)

Lúcia Alves, mãe do jogador Daniel Alves, que está preso na Espanha após ser acusado por estupro, se reuniu nesta quinta-feira (26) com advogados em Barcelona. Emocionada, ela não quis falar com a imprensa, mas balançou a cabeça assertivamente ao ser questionada por um repórter se ela acredita na inocência do filho. Em seguida, os defensores pediram que a “dor de uma mãe” seja respeitada.

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O jogador brasileiro, que nega a autoria do estupro, completa hoje seu sétimo dia de prisão na Espanha. Para tentar reverter a prisão sem direito à fiança, a defesa contratou Cristóbal Martell, um dos advogados mais famosos de Barcelona. A equipe tem prazo até terça-feira (31) para entrar com um recurso para que o atleta responda ao processo em liberdade.

Irmão de Daniel, Ney Alves também está na Espanha e falou pela primeira vez sobre o caso e disse que o jogador foi vítima de uma “conspiração diabólica”. “Meu irmão caiu em uma armadilha. Minha família não vai desistir. Meu irmão tem uma carreira impecável em todo o mundo e essa confusão em que ele se meteu está afundando sua carreira”, disse Ney ao programa ‘Espejo Público’.

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“Definitivamente faremos todo o possível para tirar meu irmão desse esquema demoníaco-diabólico em que o meteu”, alertou o irmão.

Ele segue preso na Espanha
Daniel Alves está preso há sete dias após ser acusado de estupro, na Espanha (Reprodução/Instagram)

A acusação de estupro

O brasileiro é acusado por jovem de 23 anos por agressão sexual dentro do banheiro de uma boate em Barcelona, no último dia 30 de dezembro. A jovem declarou que estava com amigas e que elas foram convidadas a subir à zona VIP por um grupo de garotos mexicanos. Um garçom, então, as convidou para sentar na mesa de Daniel Alves e um acompanhante. Elas se recusaram no início, mas “o cliente insistiu, e o garçom destacou que se tratava de um ‘amigo’”.

Finalmente, as moças aceitaram se sentar à mesa. Depois de um tempo conversando, contou a vítima, Daniel Alves “começou a ‘fazer o bobo’ com as três, enganchando-se muito e tocando-as”. Além disso, em várias ocasiões, “pegou-lhe com força a mão e Alves e colocou-a em seu pênis”, enquanto ela tentava evitá-lo. Mais tarde, o brasileiro lhe apontou uma porta e obrigou-a a segui-lo e a entrar”.

A vítima denunciou que, já no banheiro, “Alves a obrigou a sentar-se em cima dele, a atirou ao chão, a obrigou a praticar sexo oral, a que ela resistiu ativamente, a esbofeteou, a levantou do chão e a penetrou até ejacular”.

Quando foi prestar depoimento na delegacia de Barcelona sobre a acusação de estupro, Daniel Alves negou conhecer a vítima. Porém, quando confrontado pela juíza sobre uma tatuagem íntima que ele tem entre o abdômen e a virilha, descrita pela vítima, ele confessou ter tido relações com ela, mas de forma consentida.

Pesam contra ele ainda imagens das câmeras internas da boate, que mostram que ele ficou cerca de 15 minutos no banheiro com a vítima e declarações de outra mulher que disse ter sido assediada e ‘tocada’ nas partes íntimas pelo jogador naquela mesma noite. Os exames médicos feitos na mulher que o denunciou também confirmam o estupro.

Vítima não quer indenização

Em entrevista exclusiva ao portal UOL, a advogada Ester Garcia López, que defende a vítima, garantiu que a ela não quer indenização financeira, mas sim que o agressor seja preso. 

“Quando a juíza perguntou se ela pediria indenização, ela disse que não. A juíza insistiu, dizendo que ela tem direito de pedir essa indenização. E minha cliente disse de uma forma muito firme que não queria dinheiro, que queria justiça”, disse.

Segundo a defensora, a jovem passa por um tratamento psiquiátrico, já que não consegue dormir, e tenta se isolar para fugir do noticiário sobre o caso. Além disso, tem que tomar remédios para evitar doenças sexualmente transmissíveis, pois o brasileiro não usou preservativos no momento do suposto estupro.

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