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Menina que sobreviveu a ataque de padrasto PM pergunta onde está a mãe morta: “Muito triste”

Pedagoga e uma filha foram executadas a tiros pelo policial em Rio Verde, Goiás; ele segue preso

Mulher estava ajoelhada quando foi assassinada por PM
Pedagoga e uma filha foram assassinadas por PM; outra criança baleada sobreviveu (Reprodução)

A menina de 5 anos que sobreviveu aos tiros disparados pelo padrasto, o policial militar Rafael Martins Mendonça, em Rio Verde, em Goiás, está sentindo falta da mãe, a pedagoga Elaine Barbosa de Sousa, e da irmã, Ágatha Maria, que morreram no ataque. O pai da criança, Frank Bonifácio, que está cuidando dela desde que saiu do hospital, disse que a filha ainda não tem noção da violência que sofreu.

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“Sara saiu do hospital e perguntou ‘Cadê a mamãe? Pega a mamãe pra ir pro hospital, a maninha também’. É muito triste”, contou Frank em entrevista ao site G1.

O homem disse que tinha medo de deixar as filhas com o padrasto, pois desconfiava de algumas atitudes dele. Mas, como a guarda delas era compartilhada com Elaine, não podia evitar que elas frequentassem o mesmo ambiente que o PM. “Nunca tivemos uma conversa amigável”, disse o pai.

Frank afirmou, ainda, que o tiro que acertou Sara transpassou o braço, a perna e a virilha dela. “Deus botou a mão e ela sobreviveu”, ressaltou ele.

Rafael está preso preventivamente em um presídio militar após passar por audiência de custódia. “Isso pra mim não é justiça, ele ficar em presídio militar. Ele ainda é PM, recebe salário e tem regalias. Quem vê justiça nisso?”, lamentou o pai das vítimas.

Relembre o caso

O policial militar foi preso na última quarta-feira (14) pela morte da esposa Elaine, de 28 anos, e da filha dela, Ágatha, de 3. Sara também foi baleada, mas foi socorrida com vida.

O crime foi descoberto após o PM ligar para um amigo, também militar, dizendo que tinha “feito uma besteira” e que iria se matar.

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Segundo o “G1″, o rapaz, então, foi à casa do amigo acompanhado pela esposa. Ao chegar ao local, o casal encontrou Rafael agitado, com uma arma na cintura, repetindo que iria se matar. Nesse momento, policial conseguiu segurar o suspeito e retirar a arma dele.

Uma equipe da PM foi acionada. Ao notar a presença as autoridades, o militar ficou exaltado e precisou ser contido e algemado.

A Polícia Civil informou que o policial estava afastado do serviço nas ruas, fazendo apenas trabalho administrativo, por conta de problemas psicológicos. Ainda segundo o boletim de ocorrências, Rafael tinha duas armas em casa, que foram compradas de forma particular.

Execução

O delegado Adelson Candeo, que investiga o caso, disse que Elaine estava de joelhos quando foi morta, o que indica que ela implorou pela vida antes de ser executada.

“Durante a discussão, ela estava de joelhos ou agachada, porque todos os tiros que a atingiram transfixaram e atingiram o chão em seguida. Ou ela pedia para que ele deixasse a arma e não fizesse bobagem ou ele a colocou em situação de execução”, contou o investigador.

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