O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski disse que por muito pouco não ocorreu um acidente nuclear nesta quinta-feira na usina de Zaporizhzhia depois que a energia foi cortada em dois reatores que ainda estão em funcionamento.
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A eletricidade é usada para refrigerar os reatores e acionar o sistema de segurança e um incêndio em uma usina de carvão próxima do complexo nuclear desconectou a rede elétrica. A Ucrânia acusa os soldados russos pelo ataque.
Segundo Zelensky, só não ocorreu um acidente radioativo no local porque os geradores a diesel estavam em bom estado de funcionamento e foram acionados imediatamente para garantir o fornecimento de energia para resfriar os reatores.
“Se os geradores a diesel não tivessem ligado, se nossa equipe da estação não tivesse reagido após o apagão, estaríamos sendo forçados a superar as consequências de um acidente radioativo”, disse o presidente.
Zelensky disse ainda que a Rússia está deixando todos os países europeus a um passo de uma acidente radioativo e pediu à Agência Internacional de Energia Atômica que atuem para forçar as tropas russas a deixarem o território da usina.
A Agência disse que nos próximos dias deve mandar um grupo de técnicos para fazer uma inspeção em Zaporizhzhia. Os detalhes da inspeção ainda estão sendo discutidos, mas a Rússia prometeu colaborar com o trabalho dos inspetores.
Nesta sexta-feira, a usina segue desconectada da rede elétrica nacional.
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EXÉRCITO RUSSO
O presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto nesta quinta-feira para aumentar o contingente das forças armadas da Rússia de 1,9 milhão de integrantes para 2,04 milhões.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a Rússia tem evitado falar em número de soldados mortos e feridos. A Ucrânia diz ter matado ou ferido mais de 40 mil soldados, mas as estimativas ocidentais colocam esse número em até 50 mil.