Um homem identificado como Deivid dos Santos é suspeito de agredir e torturar duas crianças, de 4 e 7 anos, em Jardinópolis, no interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, ele é padrasto das vítimas e as agressões foram denunciadas por uma tia. A mãe dos meninos também é investigada por omissão e está impedida pela Justiça de se aproximar dos filhos.
O caso foi denunciado no último dia 14, quando uma tia dos meninos contou à polícia que eles estavam com os rostos desfigurados, principalmente na região dos olhos, após serem torturados pelo padrasto. O homem foi procurado pela polícia, mas até a tarde de terça-feira (19) não tinha sido encontrado e era considerado foragido.
O delegado André Baldochi, responsável pela investigação, contou em entrevista ao site G1 que o boletim de ocorrência foi inicialmente registrado como lesão corporal. No entanto, após ter ciência dos ferimentos causados nas crianças, na segunda-feira (18), o investigador alterou a tipificação para o crime de tortura, uma vez que considerou que o padrasto submeteu as crianças a um intenso sofrimento físico como forma de castigo.
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As agressões
A tia procurou a polícia levando fotos das crianças, mostrando lesões principalmente nos rostos delas. A mulher relatou que os meninos tinham sido agredidos pelo padrasto dentro de casa na quinta-feira.
A mãe, Caroline de Menezes Lima, foi ouvida pela corporação e contou que estava trabalhando e, quando chegou em casa, pela madrugada, encontrou os filhos feridos. Assim, seguiu para o hospital com os dois.
Pai do menino de 4 anos, Vitor Manoel Zeferino contou em depoimento que o filho disse ter apanhado com fios e com um chinelo, além de receber chutes e socos do padrasto.
Investigação
Após o registro do caso, as crianças foram levadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo, para exame de corpo de delito. Segundo o delegado, o laudo apontou que as lesões são de natureza leve, mas cometidas por meio cruel. Ele ressaltou que as crianças também tinham feridas antigas causadas por queimaduras.
Assim, tanto o padrasto quanto a mãe das crianças são investigados. Ele pelos crimes de tortura, já ela por omissão, uma vez que tinha o dever de impedir as agressões ou denunciado o homem anteriormente.
Por decisão da Justiça, Caroline está proibida de ter contato com os filhos até que o inquérito policial seja concluído. O prazo é de 30 dias, mas os trabalhos podem ser prorrogados caso seja necessário.
Agora, as crianças foram entregues aos cuidados dos respectivos pais. “As famílias dos pais estão cuidando, [elas] passaram bem o final de semana, estão se recuperando. Já estão medicadas pelo médico pelo qual passaram na sexta-feira, agora tem que sair os hematomas, o inchaço nos rostinhos”, disse a conselheira tutelar Cláudia Camargo.
A reportagem não conseguiu contato com a mãe e com a defesa do padrasto até esta publicação.