A Prefeitura de São Paulo informou nesta quinta-feira que o Esquenta Carnaval 2022, que foi criado para substituir o carnaval de rua suspenso no início do ano por conta da pandemia de covid-19, também não vai sair do papel.
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Isso porque a Prefeitura não conseguiu encontrar empresas interessadas em patrocinar o evento, apesar de lançar dois editais públicos para conseguir financiar o desfile dos blocos de rua.
O planejamento do carnaval fora de época contou com a participação de representantes do diversos blocos de São Paulo para encontrar um modelo viável e atender os mais de 300 blocos interessados em viabilizar seu desfile.
No final, foram selecionados e habilitados 216 blocos para celebrar o carnaval e a retomada dos eventos na Capital.
A Prefeitura disse que lançou um edital com lance mínimo de R$ 10 milhões no dia 17 de junho, e depois um segundo pregão, ontem, com valor mínimo de R$ 6 milhões, readequando a proposta, mas nenhum dos pregões recebeu proposta de patrocínio da iniciativa privada.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que não pretendia investir dinheiro público neste ano. “Não teve patrocínio, não tem emenda parlamentar, eu não vou usar dinheiro público para realizar o carnaval nesta época, fora de época.”
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Com a falha em conseguiu viabilizar financeiramente o evento, o carnaval de rua de São Paulo só deve ocorrer novamente em 2023. A administração pública informou que a Secretaria Municipal de Cultura organizará o Carnaval do ano que vem e pretende formar uma comissão representativa com integrantes de todos os blocos de rua da cidade.
O Grupo Ocupa Carnaval, que representa os blocos que desfilariam, criticou a decisão e disse que a Prefeitura havia assumido o compromisso de arcar com os custos, caso não houvesse investidores.