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Saiba quais são os golpes mais comuns no WhatsApp e aprenda a se proteger

Os criminosos buscam cada vez mais inovar na hora de cometer seus golpes e um dos principais alvos nos dias atuais é o WhatsApp. Como sabem que o aplicativo atualmente é utilizado por grande parte da população como ferramenta de comunicação, mas também para pagar contas, comprar produtos e contratar serviços, os golpistas se aproveitam de algumas situações para cometer as fraudes.

João Zabrieszach, especialista em segurança do Compara e Poupa, destacou quais são os golpes mais comuns que são aplicados por meio do aplicativo. Ele também alerta como é possível evitar se tornar uma vítima.

Primeiro, ele explica que, assim que uma pessoa faz o download e registra seu número no aplicativo, automaticamente o Whatsapp envia um SMS para o celular com um código. Esse número serve para confirmar que esse aparelho está autorizado a abrir o aplicativo de mensagens a partir daquele número de telefone.

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Segundo Zabrieszach, isso ocorre justamente para garantir que o perfil do Whatsapp esteja sendo aberto no celular do usuário e não em outro aparelho. Esse código deve ser mantido com sigilo e nunca deve ser repassado.

A partir daí, ele diz que existem dois golpes principais: quando os criminosos precisam do código de autorização para duplicar o perfil da vítima; e quando enviam mensagens com links para aplicativos falsos que infectam o celular.

A partir daí, segundo o especialista, surgiram variações de fraudes. Veja os principais golpes abaixo:

Sequestro da conta

Para a maioria dos golpes funcionarem, os criminosos precisam se passar por outra pessoa e, por isso, o ideal é que eles “roubem” a conta de alguém. Dessa forma, conseguem acesso a toda rede de contatos da vítima.

Portanto, os criminosos utilizam diversas estratégias ao enviar as mensagens para os alvos e, assim, obter o código de confirmação do perfil e conseguir abrir a conta em outro aparelho. Para isso, eles:

  • Fingem que a vítima ganhou bilhetes para algum evento (show, espetáculo, futebol, restaurante etc) e que precisa do código de confirmação enviado por SMS;
  • Fingem se passar por uma marca de roupas e que a vítima ganhou um desconto e que precisam do código de confirmação para ativá-lo;
  • Se passam por algum órgão do governo que precisa de algum código enviado por SMS para confirmar dados sobre algum procedimento. Um exemplo: confirmar a data e local de vacinação, na época da pandemia.

Depois de obter o código de confirmação, os golpistas conseguem tomar conta daquele perfil.

Pedido de dinheiro

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Zabrieszach lembra que o golpe do pedido de dinheiro é um dos mais comuns. Nele, os criminosos enviam uma mensagem para a vítima como se fossem um amigo ou conhecido pedindo ajuda financeira, ou em alguns casos, algum documento, como passaporte ou dados bancários.

Porém, muitas vezes um número envia uma mensagem dizendo se tratar de um amigo, mas ele não diz quem é. O que o criminoso faz é “jogar um verde” e esperar que o usuário adivinhe quem é a pessoa e, a partir daí, o golpista se passa por ela e começa todo o processo de criar uma história em que o objetivo é conseguir dinheiro ou informações privadas.

Esse é um dos golpes mais diretos, porque, provavelmente, o criminoso já duplicou a conta de algum contato da vítima. A orientação é sempre confirmar a identidade da pessoa com quem se está falando antes de fazer qualquer transação financeira.

Golpe das vagas de trabalho

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Outro golpe muito comum do WhatsApp atualmente é o das supostas vagas de trabalho. Normalmente, os criminosos colocam uma foto e nome “oficial” de alguma empresa e enviam uma mensagem solicitando dados da vítima como forma de preencher informações da vaga ou confirmar que a pessoa conseguiu o trabalho.

Às vezes, também enviam links para a pessoa acessar o formulário e, na verdade, são páginas que levam a vírus ou aplicativos maliciosos.

Dados da empresa de segurança PSafe mostram que entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022 foram mais de 600 mil tentativas de fraude no país, uma média de 120 mil por mês. As ofertas, com salários bastante atrativos, não passam de um golpe que tem feito cada vez mais vítimas e não é à toa: a cada minuto, duas vagas falsas são enviadas por mensagens para os brasileiros.

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Assim, é preciso ter muito cuidado ao clicar em links desconhecidos e também desconfiar de propostas de emprego muito atrativas, ainda mais quando a pessoa nem chegou a se candidatar.

Eventos comemorativos

Os criminosos também aproveitam datas comemorativas como Natal, Dia das Mães, Black Friday, e enviam mensagens se passando por marcas famosas com links que dão acesso a descontos e promoções.

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Nesse golpe, o usuário clica no link e é enviado para alguma página com adwares que contaminam o celular com propagandas.

Mensagens encaminhadas

As mensagens encaminhadas também são uma maneira dos criminosos espalharem seus links contaminados para milhares de pessoas. Através de uma notícia que esteja em alta eles colocam no meio da mensagem algum link malicioso e, dessa forma, conseguem atingir muito mais vítimas.

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Por se tratar de uma estratégia que envolve notícias polêmicas, atuais e do interesse de todos, geralmente este golpe ocorre em épocas de eleições, onde as fake news correm soltas nos grupos de Whatsapp.

Como se proteger dos golpes?

Zabrieszach ressalta que é importante reconhecer os golpes para evitar se tornar uma vítima, mas também alerta que o usuário sempre deve desconfiar de qualquer mensagem desconhecida ou com algum conteúdo suspeito.

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Primeiramente a dica é ativar a dupla verificação, no qual o usuário cria um PIN, que é uma senha de seis dígitos. De tempos em tempos o aplicativo solicita esse dado.

Depois disso, caso o dono daquela conta perceba algo de errado em uma mensagem, pode denunciar ao WhatsApp, no próprio aplicativo, além de bloquear o contato que enviou.

Segundo o especialista, quando é feita a denúncia, o WhatsApp recebe o ID do usuário ou do grupo denunciado, e informações sobre quando a mensagem foi enviada e sobre o tipo de mensagem - como imagem, vídeo ou texto. Além disso, o aplicativo recebe as últimas cinco mensagens trocadas entre a vítima e o denunciado.

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Conforme informações do site oficial do aplicativo, as contas que forem identificadas por violar os Termos de Serviço poderão ser banidas.

Além de fazer uma denúncia ao próprio aplicativo, a orientação é que a vítima entre em contato com a Polícia Civil e denuncie o caso à Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc).

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