A polícia do Rio de Janeiro prendeu, nesta sexta-feira (20), uma mulher suspeita de tentar matar o enteado de 16 anos com feijão envenenado. Em março, a irmã do adolescente, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, foi internada com sintomas parecidos aos do jovem, mas não resistiu e morreu 12 dias após dar entrada no hospital.
Segundo reportagem divulgada pelo Jornal O Globo, investigações apontam que o enteado de Cíntia Mariano Dias Cabral, moradora de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer com tontura, língua enrolada, babando e coloração branca da pele, sintomas que teriam ocorrido após ele comer um prato de feijão feito e servido pela madrasta.
De acordo com os depoimentos dados à polícia do Rio de Janeiro, o jovem teria reclamado do gosto do feijão, alegando que ele estava com um gosto amargo e colocou o alimento no canto do prato. A madrasta, então, teria levado o prato de volta para a cozinha e colocado mais comida.
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Depois de comer, o menino foi levado para casa da mãe, que pouco depois ligou para o ex-marido relatando o que o filho estava sentindo. Ao ser levado ao hospital, o estudante passou por uma lavagem gástrica e teve a intoxicação exógena diagnosticada pelos médicos. Ele segue internado.
A vítima contou para a mãe que passou mal logo após ingerir “pedrinhas azuis que estavam no feijão” e também relatou que, ao servir sua comida, a madrasta teria apagado a luz da cozinha: “Como se quisesse esconder alguma coisa”, diz um depoimento. Já a suspeita afirmou à polícia que as “pedrinhas” citadas pelo menino eram um tempero de bacon. A Polícia Civil recolheu o feijão servido ao enteado de Cíntia.
Agora, a causa da morte da irmã também está sendo investigada, já que na época o laudo tinha dado causa natural. A mãe do jovem e de Fernanda pediu por justiça nas redes sociais.
Segundo o Jornal RJ2, da TV Globo, o filho biológico da suspeita disse em depoimento que a mãe confessou a ele ter usado chumbinho - veneno de matar rato - na comida dos dois enteados. A Polícia acredita que a motivação do crime tenha sido ciúmes que Cíntia sentia do marido com os filhos dele.
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