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Ataques a casal gay estrelado em comercial da Volkswagen ultrapassam limites e chegam à família da dupla: “Ninguém quer morrer”

Esta é a segunda vez que a dupla sofre ataques por conta da publicidade de carro.

Ao inserir um casal gay em sua campanha publicitária, a divulgação da Volkswagen Polo tornou-se um dos assuntos comentados nas redes sociais. Diego Xavier e Murillo, o casal que aparece na publicidade, vem sofrendo uma série de ataques e xingamentos na internet.

A família do casal também sofreu ameaças. Mesmo com a perseguição sofrida, os dois acreditam na importância da representatividade LGBTQIA+ na ocupação de espaços do âmbito automotivo, que se caracteriza como um “meio tradicional machista”.

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Em conversa com o UOL Carros, o jornalista e ativista LGBTQIA+, Diego, que aparece ao lado do marido na propaganda da Volkswagen Polo, relatou que esta é a segunda vez que ele e seu parceiro recebem ataques por conta da campanha de carros, inicialmente veiculada em 2021. Desta vez, as ameaças e retaliações foram destinadas à família do casal.

A onda de ataques

Diego, que deixou sua família em Cambé e hoje mora em Curitiba, relatou que os limites da internet foram ultrapassados e os ataques chegaram até sua família.

“Na primeira vez, esse movimento ficou só na internet, mas agora eles abusaram: foram para cima dos meus irmãos e sobrinhos, que não têm nada a ver com isso. Sou um exemplo de LGBTI que teve que sair do interior para viver a sexualidade de forma plena na capital”, relatou o jornalista.

O ativista da causa LGBTQIA+ não imaginava que as coisas tomariam essa proporção, pois a campanha tinha o objetivo de ser veiculada em junho de 2021, o mês da diversidade. Este é o período em que diversas empresas se direcionam para o público LGBTQIA+.

“Nessa data, todas as empresas fazem ações, então todo mundo está um pouco mais amigável à causa, as propagandas não geram tanto impacto. Essa continuação mostra até um comprometimento maior por parte da marca. O saldo é positivo, é uma questão de representatividade, de mostrar que o público também paga impostos e é consumidor. Mas não quero ser mártir. Ninguém quer morrer. Os ataques são preocupantes”, relatou ao UOL Carros.

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