O julgamento de Álvaro Ianhez está programado para acontecer a partir da manhã de hoje, 18 de abril, no Fórum Lafayete em Belo Horizonte. O médico é acusado de forjar o laudo da morte de um menino de 10 anos e retirar seus órgãos.
Conforme informa o Correio Braziliense, o júri, originalmente programado para acontecer em outubro de 2021, precisou ser adiado depois que o médico decidiu dispensar os seus advogados.
Álvaro é um dos acusados pela morte da criança, que ocorreu há 22 anos. O menino, Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos de idade, foi internado em um hospital de Poços de Caldas após cair de uma altura de dez metros. Segundo investigações, o médico teria forjado o exame que atestou a morte encefálica do menino.
Além de Álvaro, outros dois médicos foram acusados do crime, José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto foram condenados a 25 anos de prisão em um julgamento realizado em janeiro deste ano. Na ocasião, Marcos Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido das mesmas acusações.
Exames comprovaram que a criança não teve morte encefálica
O julgamento de Álvaro ocorre depois que um pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do médico foi negado no início deste mês.
Segundo informações do Ministério Público de Minas Gerais, responsável pela acusação, o médico teria sido contratado por José Luiz Gomes da Silva para trabalhar de forma integral no hospital em que a criança estava internada.
Ele deveria ser responsável por auxiliar nos procedimentos médicos referentes ao caso da criança, que estava sob cuidados intensivos no local.
Leia também: Coquetel da morte: suspeitos de assassinar criança são mortos após serem obrigados a ingerir bebida mortal na cadeia
A acusação afirma que na época do caso o menino foi anestesiado e não recebeu atendimento adequado durante os dois dias em que permaneceu internado na unidade.
Além disso, o médico também foi acusado de participar dos procedimentos que constataram, de forma irregular, a morte encefálica de Paulo.
Conforme divulgado, a investigação aprofundada do caso revelou que os exames para atestar a morte encefálica da criança colaboraram para uma piora em seu caso. Os dados também reforçam que o menino estava vivo no momento da remoção de seus órgãos.
