Quando o exército russo retirou da região de Bucha, na Ucrânia, autoridades e jornalista de todo o mundo puderam ver o horror deixado pela guerra.
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Pelo menos 400 corpos de civis foram abandonados nas ruas, muitos com as mãos amarradas nas costas, e outros jogados em valas comuns.
Um dos sobreviventes da ocupação militar que durou mais de um mês chamado Mykola, de 53 anos, disse que passou um mês escondido no porão frio e escuro de seu prédio com sua esposa. Ele testemunhou quando as tropas russas chegaram e ordenaram a execução de todos os homens com menos de 50 anos.
Dois de seus amigos foram baleados na frente dele e outro foi explodido por uma granada, deixando partes de seu corpo jogadas na rua. Coube a Mykola reunir pedaços do corpo para enterrá-lo, antes que os cães famintos as devorassem.
Em outro relato, um idoso de 72 nos, Volodymyr Abramov, foi arrastado para fora de sua casa com sua filha, Iryna, de 48 anos e o marido dela, Oleg, de 40, depois que soldados quebraram os portões e jogaram uma granada dentro do prédio.
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Ele correu para tentar apagar o incêndio que tomou conta do saguão e gritou pelo genro vir ajudá-lo, mas o soldado russo disse, cinicamente: “Oleg não vai te ajudar mais.”
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Oleg tinha sido morto instantes atrás com um tiro na cabeça, à queima-roupa, após ser forçado a se ajoelhar em frente aos soldados. Segundo Iryna, ele não teve tempo de dizer sequer uma palavra.
Após os massacres e fuzilamentos, segundo testemunhas, os soldados invadiram a casa dos mortos pra roubar seus pertences, beber e festejar.