Com a decisão dos vereadores que integram o Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de abrir uma representação disciplinar para analisar as acusações de assédio sexual e estupro contra o vereador Gabriel Monteiro (PL), há poucas chances dele escapar da cassação de seu mandato político. Uma delas seria renunciar antes de ser cassado para evitar perder os direitos políticos, dizem seus colegas de mandato.
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De acordo com o presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Isquierdo (DEM), Gabriel terá direito a ampla defesa no decorrer do processo, que deve durar até 90 dias.
Contra Gabriel pesam 14 denúncias, entre acusações de assédio moral e sexual, importunação sexual e agressões a servidores. Ele também foi denunciado por estupro e por forjar vídeos para postar em suas redes sociais.
Em um desses vídeos mostra o vereador levando uma criança para comer no shopping e a orientando sobre o que deveria perguntar e falar, para ajudar a edição. Após a denúncia, o vídeo foi retirado do ar.
No último domingo, mas uma denúncia veio à tona através de reportagem do Fantástico, quando três mulheres o acusaram de estupro. Em um dos casos, a mulher disse que o ex-policial chegou a colocar uma arma na sua cabeça quando tentou reagir ao assédio sexual.
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No final de março, em outra reportagem, o programa trouxe denúncias de assessores que trabalhavam diretamente com o vereador e eram assediados. Alguns assessores disseram que ele pedia ‘carinhos’ em suas partes íntimas.
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Já Luiza Batista, ex-assistente de produção de Monteiro, contou que, certa vez, ele pediu para fazer massagem no seu pé . “Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Começou a me agarrar, me morder, me lamber.”
O vereador disse que não cometeu nenhum crime e que a verdade “já estava exposta nas redes sociais”.